A seis meses das elei��es municipais, o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, voltou a fazer afago nos evang�licos, exaltando o papel de aliados do governo na execu��o de pol�ticas p�blicas, como o combate � extrema pobreza. O coment�rio foi feito durante a Conven��o Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, nesta quinta, em Bras�lia.
"A presidenta Dilma conclama essa e todas as Igrejas para esse trabalho de cuidado com os 16 milh�es de brasileiros (n�mero de brasileiros em extrema pobreza, alvo do programa Brasil sem Mis�ria). Sem a participa��o dos senhores, sem essas caridades que os senhores exercem e as senhoras desenvolvem nas suas a��es sociais, o Brasil n�o conseguir� cumprir essa meta, que � uma meta necess�ria para a nossa gera��o", discursou Carvalho.
Lideran�as evang�licas da Assembleia de Deus apoiaram a candidatura de Dilma Rousseff � presid�ncia em 2010. No entanto, com Dilma na presid�ncia, houve atrito entre governo e evang�licos por conta de quest�es como a elabora��o de um kit anti-homofobia pelo Minist�rio da Educa��o na gest�o de Fernando Haddad, que vai disputar a prefeitura de S�o Paulo nas pr�ximas elei��es. Para acalmar os �nimos do grupo e blindar Haddad de ataques na campanha, o governo colocou em fevereiro passado Marcelo Crivella, ligado � Igreja Universal, no comando do Minist�rio da Pesca e Aquicultura.
Carvalho aproveitou a conven��o da Assembleia de Deus para minimizar o desconforto provocado entre a bancada evang�lica ap�s supostas declara��es de que haveria uma "disputa ideol�gica" do governo com l�deres evang�licos pela "hegemonia" junto � nova classe m�dia. "N�o posso esquecer nesses dias atr�s quando fui v�tima de uma pol�mica in�til e tentaram me colocar contra os evang�licos. Eu dizia l� na C�mara para os deputados da bancada evang�lica: n�o posso me esquecer de tantos testemunhos que vivi de pessoas entregues para a comunidade, dedicadas ao cuidado dos mais pobres, dos �rf�os, das vi�vas", afirmou o ministro.
"Seguimos lutando pela justi�a. Nosso compromisso de honrarmos tudo que nos comprometemos durante a campanha eleitoral, na defesa da fam�lia, da defesa da liberdade religiosa, na defesa da liberdade de culto", disse o ministro. Depois do discurso de Carvalho, o bispo Manoel Ferreira, presidente da conven��o, cometeu uma gafe ao se referir a Dilma como "ministra". "Se ela ouvir isso, t� frito", disse.