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Estado de Minas

Com CPMI instalada, base critica articula��o do governo


postado em 20/04/2012 08:00 / atualizado em 20/04/2012 10:53

No dia em que o Congresso deu sinal verde para a CPI que vai investigar a liga��o de pol�ticos e empresas com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a articula��o pol�tica do governo Dilma Rousseff foi alvo de fortes cr�ticas da pr�pria base aliada. Sem orienta��o do Pal�cio do Planalto, at� parlamentares do PT passaram a bombardear o “vazio” na coordena��o do governo e, em conversas reservadas, disseram temer o pre�o que ser� cobrado pelo PMDB na CPI.

“A presidente Dilma est� muito bem, mas a articula��o pol�tica do governo � muito fraca e amadora”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Favor�vel � investiga��o, ele se surpreendeu ao saber que o Planalto deflagrou uma opera��o para controlar a CPI e evitar desgaste, j� que a Delta Constru��es - suspeita de injetar dinheiro em empresas de fachada ligadas a Cachoeira - � respons�vel por obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). “A bola da CPI est� quicando h� duas semanas e ningu�m do governo conversou com a gente.”

‘Besteirol’

“� claro que dessa CPI pode nascer uma nova linha de investiga��o, revelando que o esquema Cachoeira, al�m de ajudar uns, trabalhava para macular outros, mas � um besteirol dizer que essa apura��o vai apagar outros processos”, disse o governador Jaques Wagner (PT-BA).

Diante das queixas de aliados, Lindbergh foi ontem � tribuna para apontar as falhas do Planalto na articula��o pol�tica. No seu diagn�stico, falta di�logo n�o s� com os parlamentares, mas com os governadores, que querem renegociar as condi��es de pagamento das d�vidas dos Estados.

“Ideli � muito fr�gil e o grau de esgar�amento na rela��o com os governadores � grande”, insistiu Lindbergh. “H� uma aus�ncia de articula��o pol�tica por parte do Planalto e, por isso, est� havendo solidariedade federativa. N�s, do Rio, decidimos n�o votar nada que prejudique os Estados, independentemente dos partidos.”

A revolta de aliados � o pano de fundo que pode contaminar a primeira CPI importante da gest�o Dilma. Nos bastidores, integrantes da base avaliam que a prec�ria negocia��o diante de temas espinhosos - como a d�vida dos Estados, o fim da guerra dos portos e a nova reparti��o dos royalties - pode incentivar uma rea��o contra o Planalto.

Petistas dizem que o PMDB, com o senador Vital do R�go (PB) na presid�ncia da CPI, tem a faca e o queijo na m�o e pode pressionar por mais cargos no primeiro escal�o. “Isso n�o existe. Tamb�m somos governo e temos consci�ncia da gravidade de uma CPI como essa”, observou o l�der do PMDB na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), que esteve com Lula nesta semana.

Ideli n�o quis responder �s cr�ticas de Lindbergh. O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse que n�o cabe ao governo tratar de CPI. “� assunto restrito ao Legislativo.” O l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), amenizou o clima de desorienta��o. “O governo tem posi��o neutra sobre a CPI. Ningu�m me pediu para abafar nem desabafar nada.”


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