Levado para o Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) com o apoio decisivo do senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), o conselheiro Tito Amaral, promotor de Justi�a em Goi�s e ex-assessor do parlamentar, criticou o vazamento de informa��es que comprometem o antigo chefe. Na sess�o desta semana do �rg�o, Amaral falou em punir com “pena de morte” os procuradores da Rep�blica respons�veis pela Opera��o Monte Carlo, que seriam coniventes ou respons�veis pelo vazamento de informa��es que apontam liga��es entre Dem�stenes e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Tito Amaral votou a favor da pena mais severa para o procurador por ter concedido a entrevista - demiss�o, pena que foi convertida em suspens�o de 90 dias. “Vendo o que est� acontecendo nos �ltimos dias no Brasil, esse rapaz (Matheus Baraldi Magnani) n�o fez nada. Se ele foi punido pela entrevista que ele deu, os procuradores da Rep�blica que est�o � frente dessa Opera��o Monte Carlo t�m de ser condenados � pena de morte”, afirmou Tito Amaral, que por nove anos trabalhou com Dem�stenes no Senado. “� um processo que claramente corre em segredo de Justi�a e em que est�o ocorrendo vazamentos na imprensa todos os dias.”
O conselheiro pediu ainda a abertura de uma investiga��o para apurar a responsabilidade pelos vazamentos de conversas telef�nicas gravadas com autoriza��o judicial e outros ind�cios de crimes supostamente praticados por Dem�stenes e Cachoeira. “O Minist�rio P�blico Federal ou est� vazando ou est� sendo conivente, porque n�o tomou nenhuma provid�ncia at� agora”, criticou Tito Amaral.
Morda�a
Parada no Congresso por press�o da opini�o p�blica, a proposta que visa impedir que promotores e procuradores falem sobre investiga��es em curso � colocada agora em pr�tica pelo Conselho Nacional do Minist�rio P�blico.
Esse alerta foi feito pelo conselheiro L�zaro Guimar�es, que ocupa a vaga preenchida por indica��o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ). De acordo com ele, os votos vencedores no julgamento “implicam amorda�ar o Minist�rio P�blico.” “Fica muito claro que essa consequ�ncia � vis�vel nesse processo”, afirmou Guimar�es durante a sess�o.
Em seu voto, o conselheiro afirmou que o procurador somente esclareceu as raz�es do pedido de busca e apreens�o e tratou de fatos que constavam do processo, que n�o estava sob sigilo. De acordo com ele, apenas o pedido de busca e apreens�o estava sob sigilo como forma de evitar que os investigados destru�ssem provas. O restante da investiga��o n�o era sigiloso.