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Estado de Minas

Em �udio, Cachoeira fala em pagamento a Perillo


postado em 27/04/2012 07:58 / atualizado em 27/04/2012 08:01

Grampos da Pol�cia Federal, obtidos na Opera��o Monte Carlo, flagraram o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e seus aliados falando em pagamentos ao governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), e integrantes do primeiro escal�o do governo em troca de vantagens em neg�cios p�blicos. As conversas, que citam diretamente o nome do governador, complicam ainda mais a situa��o do tucano, que deve ser alvo de investiga��o da CPI instalada no Congresso.

De acordo com as grava��es, obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a organiza��o do contraventor, acusado de chefiar um esquema de jogos ilegais no Pa�s, se valia dos repasses para emplacar nomea��es, abocanhar obras e vencer licita��es tocadas pelo governo estadual em diversas �reas. Os di�logos mostram que Cachoeira “emprestou” R$ 600 mil ao presidente da Ag�ncia Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rinc�n, um dos principais aliados de Perillo, ex-tesoureiro de sua campanha em 2010. A assessoria do governador n�o quis comentar o caso.

O pagamento � relatado pelo pr�prio Cachoeira numa liga��o de 1.º de agosto de 2011. Do outro lado da linha, o ent�o diretor da Delta Constru��es no Centro-Oeste, Cl�udio Abreu, responde que � preciso “tirar proveito da situa��o”, conforme relatos que constam na investiga��o da PF.

Onze dias depois, Abreu diz a Cachoeira que est� em segundo lugar em tr�s licita��es e que, se Wladimir Garcez - ex-vereador do PSDB que, segundo a PF, atuava como elo entre a quadrilha e o governo - negociasse com sucesso a sa�da de concorrentes melhor colocados do p�reo, ganharia recompensa. “Quero o lote 18. Se o Wladimir conseguir com o Marconi e com Jayme que o cara arranque a proposta dele e eu entre com a minha proposta, assino o contrato e eu dou R$ 50 mil pra ele”, promete.

Em outra conversa, fica claro que o empr�stimo de R$ 600 mil a Rinc�n teria rendido ao grupo de Cachoeira a nomea��o de um parente na Agetop.

Em outro telefonema, interceptado pela PF em 27 de abril do ano passado, Cachoeira se mostra irritado com Garcez. Ele reclama do desempenho do secret�rio de Infraestrutura, Wilder Morais, ao nomear desafetos para cargos no Departamento de Tr�nsito de Goi�s (Detran-GO).

“Um bosta consegue emplacar um cara que a gente estava boicotando! Vai falar que � compet�ncia de quem? Dele, n�? Porque n�o deu um centavo para o Marconi”, queixa-se o contraventor ao ex-vereador.

Os grampos mostram o apetite da organiza��o por obras de outras �reas. Em 26 de abril de 2011, Cachoeira ouve de um aliado, identificado como “J�lio”, que Perillo construiria escolas. Em seguida, o interlocutor diz que o titular da Secretaria de Educa��o facilitaria a entrada no neg�cio: “� o Thiago Peixoto. � nosso, 100% nosso. Precisa ligar para o Marconi, n�o. Wladimir vai falar com ele”. Em nove de julho de 2011, Garcez fala para Cachoeira sobre recapeamento asf�ltico: “� aquilo que o Marconi, voc� lembra que falou l� na casa do Edivaldo (Cardoso ex-chefe do Detran) para n�s dois?”, questiona.


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