Bras�lia - A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) manifestou-se contr�ria ao relaxamento da pris�o preventiva do empres�rio goiano Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Ele est� preso desde fevereiro suspeito de tr�fico de influ�ncia e de comandar uma rede de jogos ilegais. O parecer foi enviado ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) pelo subprocurador-geral da Rep�blica, Paulo da Rocha Campos.
Entre os crimes atribu�dos ao empres�rio goiano est�o forma��o de quadrilha, lavagem de dinheiro, evas�o de divisas, contrabando, corrup��o ativa e passiva, peculato, prevarica��o e viola��o de sigilo.
Caso o STJ acate o parecer do Minist�rio P�blico ou n�o julgue o pedido nesta semana, Cachoeira dever� comparecer no dia 15, ainda na condi��o de preso � comiss�o parlamentar mista de inqu�rito (CPMI) que investiga o envolvimento de pol�ticos e autoridades p�blicas com o empres�rio.
No parecer, o subprocurador-geral da Rep�blica sustenta que Cachoeira deve permanecer preso pela influ�ncia "econ�mia e pol�tica" que exerce sobre a organiza��o criminosa investigada pela Pol�cia Federal. E defende a volta de Cachoeira a um pres�dio federal de seguran�a m�xima "como forma de neutralizar ou, ao menos, enfraquecer seu poder de articula��o e penetra��o que, sabidamente, exerce na sociedade".
"Importante salientar ainda a grande influ�ncia pol�tica e econ�mica, perante a sociedade e a pr�pria estrutura estatal, exercida pelo acusado que – encontrando-se no �pice de moderna, articulada, antiga e extensa organiza��o criminosa, fortemente armada pelo concurso de v�rios agentes dos setores da seguran�a p�blica, inclusive do alto escal�o – det�m uma incr�vel e grandiosa capacidade de coopta��o, al�m de extremo poderio econ�mico, utilizado unicamente com a finalidade de manter, a todo custo, as atividades esp�rias, por meio de uma vasta rede de corrup��o armada, ora para assegurar a impunidade de contraven��es e crimes, ora para impedir perdas patrimoniais nos neg�cios explorados", destacou Campos, no parecer.