Bras�lia – O contraventor Carlinhos Cachoeira vai depor no dia 23 de maio no Conselho de �tica do Senado para esclarecer suas rela��es com o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO). A data foi definida pelo Conselho, que aprovou ontem o calend�rio de depoimentos no processo contra o senador goiano, suspeito de envolvimento no esquema de Cachoeira. Nos dias 15 e 16 de maio ser�o ouvidos, respectivamente, os delegados e procuradores respons�veis pelas opera��es Vegas e Monte Carlo. No dia 22 ser� a vez do advogado Rui Cruvinel, como testemunha de Dem�stenes. O senador vai depor no dia 28.
Os primeiros depoimentos do conselho solicitados pelo relator come�am na semana que vem – com os dois delegados e dois procuradores respons�veis pelas investiga��es das opera��es Vegas e Monte Carlo, da PF. Os quatro est�o sendo ouvidos esta semana pela CPI e, a exemplo da comiss�o de inqu�rito, v�o falar sigilosamente ao Conselho de �tica. "Falar sigilosamente � uma demanda deles pr�prios. Eles t�m a preocupa��o de serem processados por viola��o de sigilo funcional", afirmou.
Provas No total, o Conselho de �tica aprovou ontem 13 requerimentos com pedidos de documentos e os depoimentos solicitados pelo relator. Ele pediu uma s�rie de informa��es a �rg�os p�blicos e empresas de telefonia para tentar reunir provas contra Dem�stenes. Costa quer ter acesso, por exemplo, ao n�mero do aparelho Nextel cedido por Cachoeira a Dem�stenes, assim como �s liga��es efetuadas do aparelho que mostram conversas entre os dois, as transcri��es das conversas e os respons�veis pelo pagamento da linha.
O relator tamb�m pede ao Senado registros de entrada e sa�da na casa de Cachoeira e pessoas ligadas ao empres�rio citadas no inqu�rito da Pol�cia Federal. Outro pedido � o de registro de voos realizados por Dem�stenes, com o nome de seus acompanhantes, pelas empresas de taxi a�reo Voar e Sete, de Goi�s. "Todos sabem que o senador disse em seu discurso no plen�rio do Senado que sua rela��o com o Cachoeira era de amizade. Essas informa��es podem caracterizar que a rela��o n�o se restringe a amizade", disse o relator.