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Estado de Minas

Dilma chora e diz que Comiss�o da Verdade n�o � "revanchismo" e nem "�dio"

Durante a cerim�nia, a presidente se emocionou ao se referir aos fam�liares e as v�timas do regime militar


postado em 16/05/2012 13:27 / atualizado em 16/05/2012 15:47

Dilma entre Lula e FHC, durante instalação da Comissão da Verdade (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Dilma entre Lula e FHC, durante instala��o da Comiss�o da Verdade (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff instalou nesta quarta-feira a Comiss�o da Verdade, dizendo que o ato "� a celebra��o da transpar�ncia, da verdade de uma Na��o que vem trilhando os caminhos na democracia, mas que ainda tem um encontro marcado consigo mesma". Ela acrescentou que "ao instalar a Comiss�o da Verdade n�o nos move o revanchismo, �dio ou desejo de reescrever a hist�ria de forma diferente. Mas nos move a necessidade imperiosa de conhec�-la em sua plenitude, sem ocultarmos, sem camuflagem, sem veto, sem proibi��o".

Em uma cerim�nia que contou com a presen�a dos ex-presidentes Jos� Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz In�cio Lula da Silva, no Pal�cio do Planalto, a presidente Dilma saudou o regime democr�tico e os avan�os que o Pa�s teve em dire��o � verdade dos fatos. "A sombra e a mentira n�o s�o capazes de promover a conc�rdia. O Brasil merece a verdade, as novas gera��es merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem sempre a cada dia", disse.

A presidente se emocionou e chorou ao se referir �s v�timas e ao sentimento das fam�lias que perderam parentes e amigos. “Trabalhemos juntos para que o Brasil conhe�a e se aproprie dessa totalidade da sua hist�ria. A ignor�ncia sobre a hist�ria n�o pacifica, pelo contr�rio, mant�m latentes m�goas e rancores. A desinforma��o n�o ajuda a apaziguar, apenas facilita o tr�nsito da ignor�ncia. A sombra e a mentira n�o s�o capazes de promover a conc�rdia. O Brasil merece a verdade, as novas gera��es merecem a verdade. Sobretudo merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes, e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia", disse com a voz embargada.

"Eu acrescentaria que a for�a pode esconder a verdade, a tirania pode impedi-la de circular livremente, mas o tempo acaba por traz�-la � luz. Hoje esse tempo chegou", disse ao final do seu discurso.

Durante sua fala, Dilma saudou os ex-presidentes e disse que a instala��o da comiss�o � um ato de Estado. "Por isso, muito me alegra por estarem presentes todos os presidentes que me antecederam nesses 28 anos benditos (de regime democr�tico)", disse a presidente, sendo fortemente aplaudida.

"Cada um de n�s aqui presente, ex-presidentes, � respons�vel por esse momento hist�rico de celebra��o, cada um de n�s deu sua contribui��o para esse marco civilizat�rio, ponto culminante de um processo iniciado na luta pelo povo brasileiro, pela anistia, pelas elei��es diretas, pela Constituinte, pela estabilidade econ�mica, pelo crescimento", acrescentou.

Esclarecimentos

Sancionada pela presidente em novembro passado, a lei que cria a Comiss�o da Verdade fixa como objetivos do grupo "esclarecer os fatos e as circunst�ncias dos casos de graves viola��es de direitos humanos" ocorridos entre 1946 e 1988 e "promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos for�ados, oculta��o de cad�veres".

A lei tamb�m estabelece que � "dever dos servidores p�blicos e dos militares" colaborar com o grupo. As atividades da comiss�o, ressalta o texto, n�o ter�o "car�ter jurisdicional ou persecut�rio". A partir da sua instala��o, a comiss�o ter� prazo de dois anos para concluir os trabalhos e apresentar um relat�rio.

A Comiss�o � composta por sete integrantes: Jos� Carlos Dias, Gilson Dipp, Rosa Maria Cardoso da Cunha, Cl�udio Fonteles, Paulo S�rgio Pinheiro, Maria Rita Kehl e Jos� Paulo Cavalcanti Filho. Segundo a presidente, foi escolhido um "grupo plural de cidad�os de reconhecida sabedoria e compet�ncia, preocupados com a justi�a e o equil�brio e, acima de tudo, capazes de entender a dimens�o do trabalho que v�o executar".

Com Ag�ncia Estado


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