Mensal�o e Cachoeira influenciam elei��es, diz ministro da Justi�a

Conhecido por recomendar "ju�zo" a seus interlocutores, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Martins Cardozo, admite que o julgamento do processo do mensal�o e o "caso Cachoeira" ter�o impacto sobre as elei��es de outubro. Diante dos dois esc�ndalos por�m, ele n�o se arrisca a medir o tamanho do preju�zo nas campanhas de Fernando Haddad (PT) e Jos� Serra (PSDB) � Prefeitura de S�o Paulo.

"Um julgamento como o do mensal�o ser� amplamente debatido, ao longo das elei��es. Se vai atrapalhar ou ajudar, vamos aguardar. Pode ajudar uns, prejudicar outros. O mesmo pode valer para o caso Cachoeira e outras campanhas eleitorais, como por exemplo a de Jos� Serra, caso as for�as pol�ticas que as apoiem estejam envolvidas no esc�ndalo", afirma o ministro, que � ex-secret�rio-geral do PT.

O processo do mensal�o se arrasta h� quase sete anos e preocupa a c�pula do PT porque deve ser julgado no segundo semestre pelo Supremo Tribunal Federal (STF), perto das elei��es. A den�ncia � de compra de voto parlamentar no governo Lula, em troca de apoio no Congresso. O comando da campanha de Haddad sabe que o esc�ndalo ser� usado pelos tucanos na disputa e prepara a contraofensiva, j� que a CPI para investigar as liga��es do contraventor Carlos Cachoeira com o senador Dem�stenes Torres (ex-DEM) pode respingar no PSDB.

Cinco dias ap�s a instala��o da Comiss�o da Verdade, Cardozo ainda ameniza as resist�ncias de alguns militares � investiga��o exclusiva dos crimes de tortura praticados por agentes de Estado. “Talvez um dia, quem sabe, eles se conven�am de que a democracia � bem-vinda”, diz.