Uma das maiores consultorias empresariais do mundo, a McKinsey & Company, ganhou acesso a dados produzidos por minist�rios, submeteu servidores da Presid�ncia a question�rios sobre desempenho e vem atuando desde outubro do ano passado sob um manto de sigilo em duas salas do Pal�cio do Planalto. Tanto poder concentrado rendeu aos ocupantes das salas 101 e 103 do Anexo do Planalto o apelido de "Casa Civil do B". O objetivo da consultoria, contratada por um grupo de empres�rios, � sugerir ferramentas de avalia��o e monitoramento de pol�ticas p�blicas.
Mas as op��es de Dilma n�o seguem o protocolo. A McKinsey n�o foi escolhida por concorr�ncia p�blica, nem sequer aparece no Di�rio Oficial da Uni�o: a consultoria faz parte de um acordo de coopera��o t�cnica da Casa Civil com o Movimento Brasil Competitivo (MBC).
O escopo do trabalho se choca com atribui��es de �rg�os do governo, como o Minist�rio do Planejamento e a Controladoria-Geral da Uni�o. Procurada, a McKinsey n�o se pronunciou. Segundo assessores, Dilma tenta, com a medida, aperfei�oar a gest�o do servi�o p�blico e tornar a atua��o de gestores mais transparente, com acompanhamento online de obras e projetos.
Dados do Planejamento confirmam que em seu primeiro ano de governo a sucessora de Luiz In�cio Lula da Silva quase dobrou o gasto com consultorias externas, de R$ 593 milh�es para R$ 1,2 bilh�o.