O Minist�rio das Rela��es Exteriores do Brasil est� avaliando pedido de asilo diplom�tico apresentado nesta ter�a pelo senador oposicionista boliviano Roger Pinto � embaixada brasileira em La Paz. O pol�tico solicitou asilo sob o argumento de que � v�tima de persegui��o pol�tica e que, por isso, teme por sua vida.
De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, Roger Pinto est� abrigado na representa��o diplom�tica do Pa�s em La Paz e ali deve permanecer enquanto a chancelaria brasileira re�ne informa��es e analisa o pedido.
O Itamaraty verifica se os elementos apresentados por Pinto atendem �s normas internacionais que regem o asilo pol�tico. N�o existe um prazo espec�fico para o tr�mite da an�lise.
Senador do partido conservador "Converg�ncia Nacional" pelo departamento (Estado) de Pando, que faz fronteira com o Brasil, Roger Pinto lidera a bancada opositora ao governo do presidente Evo Morales no Parlamento da Bol�via. O pol�tico alega temer por sua vida e afirmou ser v�tima de persegui��o pol�tica.
"As press�es contra mim t�m-se multiplicado e a persegui��o se agravou. Tenho sido v�tima de constantes amea�as de morte e minha fam�lia tamb�m tem sido amea�ada. A press�o hoje � insustent�vel e j� n�o se trata da minha liberdade, mas sim da minha vida", argumentou Pinto em carta p�blica distribu�da nesta ter�a-feira pela bancada opositora no Parlamento boliviano.
Na nota o senador boliviano acrescenta: "� por isso que decidi me refugiar em meu pr�prio pa�s. E aqui ficarei, exigindo uma anistia ampla e irrestrita que permita a volta � p�tria de centenas de refugiados que est�o no exterior".
A decis�o pelo pedido de asilo foi anunciada nesta ter�a pela manh�, em uma entrevista coletiva com concedida pelo deputado Adrian Oliva, tamb�m da Converg�ncia Nacional. Pinto, no entanto teria chegado � embaixada brasileira ontem.
Na carta lida por Oliva, Pinto alega ainda que, "por pensar de maneira diferente", est� em "circunst�ncias dif�ceis", o que o levou a buscar ref�gio na Embaixada do Brasil.
"N�o se trata da minha liberdade, mas de minha vida e da vida da minha fam�lia. O �dio pol�tico quer cobrar novas v�timas", alegou o senador na carta.