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Estado de Minas

Ministro Gilmar Mendes critica a��o de "g�ngsteres"

Gilmar Mendes diz que quadrilha tenta manchar a imagem da Corte com o objetivo de adiar julgamento do mensal�o


postado em 30/05/2012 06:00 / atualizado em 30/05/2012 07:10

Bras�lia – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuiu a “g�ngsteres”, “bandidos” e “chantagistas” a planta��o de informa��es que t�m atingido a Corte e, inclusive, a de que ele teria usado avi�o fornecido pelo grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira no retorno de uma viagem � Alemanha, em abril do ano passado. Mendes afirmou que essas pessoas, que agem com “uma l�gica burra, irrespons�vel e imbecil”, t�m orquestrado a��es para atingir a imagem da Suprema Corte com o objetivo de “melar” o julgamento do mensal�o.

Em entrevista concedida a jornalistas na tarde de ontem, antes de ingressar no plen�rio da 2ª Turma do STF, o ministro apresentou documentos que comprovariam que ele viajou em voo da TAM no trecho Guarulhos–Bras�lia. As passagens entre o Brasil e a Europa foram custeadas pelo Supremo, uma vez que, conforme o ministro, ele foi proferir uma aula na Universidade de Granada, na Espanha, onde tem assento de professor.


Gilmar Mendes relata que arcou com os valores referentes aos deslocamentos internos que fez com a esposa entre Granada e Berlim, na Alemanha, onde o casal se encontrou com o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO) e a mulher. “Estive com o embaixador Everton Vargas (em Berlim), que foi designado pelo Lula. Quem vai para Berlim clandestinamente vai � embaixada? Coisa de moleque e de baixa intelig�ncia. � gente que n�o tem nem um neur�nio. Para esclarecer tudo isso, bastava um telefonema para a embaixada. N�o precisava fazer essa rede de intriga que est� se fazendo. Chega disso!”, esbravejou Mendes.


Embora tenha negado a informa��o de que voltou da viagem � Europa em abril de 2011 na companhia de Dem�stenes, o ministro admitiu ter viajado em duas ocasi�es de Bras�lia para Goi�nia em aeronaves particulares a convite do senador. “Se o Dem�stenes me oferecesse uma carona naquela �poca, eu poderia aceitar tranquilamente. Eu estava relacionando com o senador que tinha o mais alto conceito na Rep�blica. At� pouco tempo, n�s discut�amos com ele todos os projetos, ele esteve aqui comigo para a reformula��o da corregedoria. Ele vinha para c� com projetos republicanos”, disse Gilmar Mendes, sobre a rela��o que mantinha com o senador acusado de fazer parte do esquema comandado com Carlinhos Cachoeira.


“Central de divulga��o”


Irritado e usando um tom de voz r�spido, o ministro afirmou que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva era a “central de divulga��o” de informa��es falsas que circulam contra os ministros do Supremo. “Lula recebeu esse tipo de informa��o. Gente que o subsidiou com esse tipo de informa��o e ele acreditou nela. Vamos encerrar isso. As not�cias que me chegaram eram de que ele era a central de divulga��o disso. O pr�prio (ex) presidente”, frisou Mendes.


O ministro observou que h� um n�tido movimento de pessoas que tentam coagir o Supremo. “O objetivo era melar o julgamento do mensal�o. Dizer que o Judici�rio est� envolvido em uma rede de corrup��o. Tentaram fazer isso com o (procurador-geral da Rep�blica, Roberto) Gurgel e est�o tentando fazer isso agora.”


Mendes alertou que tem se posicionado pela rapidez no julgamento do mensal�o para que o Supremo n�o fique desmoralizado. Ele lembra que dois ministros ir�o se aposentar este ano: Cezar Peluso e o atual presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. “V�o sair dois experientes ju�zes, que participaram do julgamento anterior (da recep��o da den�ncia do mensal�o), vir�o dois novos, contaminados por uma onda de suspic�cia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e, por isso, essa press�o para que o tribunal n�o julgue. Vamos encerrar com isso.”


O epis�dio repercutiu no mundo pol�tico ap�s a publica��o de materia na revista Veja que relata um encontro de Gilmar Mendes com Lula no escrit�rio de advocacia de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo e ex-ministro do governo Lula. Na reuni�o ocorrida no m�s passado, segundo Mendes, Lula teria manifestado contrariedade em rela��o ao julgamento do mensal�o e intimidado o ministro, ao citar a viagem a Berlim, dando a entender que o blindaria na CPI em troca do adiamento do mensal�o. “� inconveniente julgar esse processo agora”, teria dito Lula.


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