Preocupada com o acirramento dos �nimos �s v�speras do julgamento do mensal�o, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo n�o entrar� na briga entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Embora petistas estejam fazendo desagravos p�blicos a Lula, a presidente ordenou sil�ncio aos auxiliares ap�s falar com ele por telefone. A ordem � blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes.
Lula estar� nesta quarta em Bras�lia, onde far� uma palestra no 5.º F�rum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma. Pela estrat�gia definida at� agora, o governo far� de tudo para se desviar da pol�mica e repassar� a tarefa das respostas pol�ticas ao PT. O ministro do STF jogou nesta ter�a mais combust�vel na crise, ao responsabilizar Lula por uma “central de divulga��o” de intrigas contra ele.
Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a c�pula do partido avalia que � preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer rea��o intempestiva contra o Judici�rio prejudicaria os r�us do mensal�o.
Fora do foco
"N�o acreditamos que Mendes nem nenhum integrante do Supremo esteja ligado ao crime organizado de Carlinhos Cachoeira”, disse o deputado Jilmar Tatto (SP), l�der do PT na C�mara. “A CPI n�o foi instalada para apurar poss�veis desvios de conduta de ministros do Supremo, mas, sim, para desbaratar o crime organizado de Cachoeira. Quem alimenta esse tipo de pol�mica quer desviar o foco da CPI e vamos dar um basta nisso, encerrando essa pol�mica.”
Mesmo ressalvando que n�o bater� boca com Mendes, o deputado Andr� Vargas (PR), secret�rio de Comunica��o do PT, achou “estranha” a vers�o do magistrado sobre o encontro. “Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e n�o com os oito que ele indicou?”, questionou. “E por que Mendes s� divulgou essa conversa um m�s depois, �s v�speras do depoimento de Dem�stenes Torres no Conselho de �tica?”