�s v�speras do in�cio oficial das campanhas eleitorais, aumentam os focos de insatisfa��o na base de apoio � presidente Dilma Rousseff, mais preocupada em cuidar de temas ligados � crise econ�mica mundial que � pol�tica do Congresso. Ainda que o governo tenha aumentado a libera��o de verbas para emendas de deputados e senadores no m�s passado, vieram � tona sintomas de que os parlamentares querem mais do Pal�cio do Planalto.
Em maio, Dilma mais que dobrou o valor dos restos a pagar do Or�amento de 2011, em compara��o com abril: R$ 212,5 milh�es, ante R$ 91,3 milh�es. No entanto, at� 30 de maio o governo havia liberado apenas 12,42% dos R$ 4 bilh�es em emendas apresentadas pelos parlamentares para o ano passado - �ndice praticamente igual aos 11,16% dos restos a pagar j� liberados da pe�a or�ament�ria de 2010.
Data limite
A queixa dentro da base tem explica��o. Em ano eleitoral, a lei estabelece que o pagamento de emendas de parlamentares s� pode ser feito at� tr�s meses antes do pleito - em 2012, at� 7 de julho. A quatro meses de a popula��o ir �s urnas, as libera��es do governo s�o a conta-gotas, o que desagrada aos pol�ticos com pretens�es eleitorais. � por meio das emendas que os parlamentares beneficiam seus redutos com obras.
Um dos porta-vozes dessa insatisfa��o foi o l�der do PR na C�mara, Lincoln Portela (MG). “Os prefeitos est�o sendo processados por improbidade, porque n�o pagam as empreiteiras. O governo n�o repassa os recursos”, reclamou o deputado, que esteve na semana passada com a ministra Ideli Salvatti (Rela��es Institucionais).
Ideli faz apelos quase semanais aos aliados para colaborarem com o governo. H� mais de um m�s, por exemplo, o Planalto tenta aprovar o regime especial de licita��o para o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) - regras que hoje s� valem para a infraestrutura da Copa de 2014 e da Olimp�ada de 2016. Fora isso, parlamentares decidiram enfrentar o governo na comiss�o criada para analisar o C�digo Florestal editado por Dilma, e o Planalto sofreu derrotas na CPI do Cachoeira em vota��es como a quebra do sigilo nacional da Delta, principal empreiteira do PAC.
Embora a prioridade do Planalto seja a pol�tica econ�mica, um deputado aliado alerta: “Quando a economia come�ar a fazer �gua, o governo precisar� do Congresso para aprovar medidas e depender� de sua base.”