Usando os textos das grava��es de escutas telef�nicas da Pol�cia Federal, realizadas durante a Opera��o Monte Carlo, o governador do DF, Agnelo Queiroz tentou provar que n�o teve qualquer participa��o no esquema criminoso que envolve o contraventor e a empreiteira Delta. Agnelo dep�e na CPI Mista do Cachoeira, que investiga as rela��es entre pol�ticos e empres�rio e o grupo do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O bicheiro foi preso em fevereiro deste ano sob a acusa��o de corrup��o e explora��o de jogos ilegais.
Agnelo diz ter feito inclusive uma auditoria para verificar a a��o da Delta no DF. Relatou que a fiscaliza��o, desde o governo anterior, era frouxa e feita pela metade. Ao final desta fala ele entregou a documenta��o que comprova um pedido de sindic�ncia contra a Delta. O petista disse ainda que as medidas adotadas pelo governo dele economizaram um milh�o de reais. "Dinheiro do povo sendo repassado de forma indevida", alegou.
Ele citou o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), que � alvo de processo no Conselho de �tica por ter, supostamente, usado o mandato em benef�cio de Cachoeira. Para Agnelo Queiroz, Dem�stenes ajudou a tramar um esquema contra ele. "Hoje entendo porque Dem�stenes protocolou pedido de impeachment contra mim em novembro. Hoje entendo. Claro, o grupo precisava de controle sobre o SLU, ou pelo menos saber a fiscaliza�ao dos contratos", disse.