O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), afirmou nesta quarta-feira na CPI do Cachoeira que mant�m confian�a no seu ex-chefe de gabinete Cl�udio Monteiro. O auxiliar direto do governador pediu demiss�o do cargo em abril passado depois que seu nome foi citado em intercepta��es telef�nicas feitas pela Pol�cia Federal como supostamente envolvido com o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Um grampo da PF feito na Opera��o Monte Carlo revela uma conversa entre o ex-diretor da Delta Cl�udio Abreu e o araponga Idalberto Matias, o Dad�, acertando um suposto pagamento de propina a Monteiro pela indica��o de um nome de interesse do grupo de Cachoeira para dirigir o Servi�o de Limpeza Urbanado Distrito Federal. "Eu perguntei ao Cl�udio Monteiro e ele me garantiu que isso n�o aconteceu, n�o teve o repasse, n�o tem uma intercepta��o com o Cl�udio Monteiro", respondeu Agnelo, ressaltando que foi o pr�prio Monteiro quem preferiu colocar o cargo � disposi��o.
"Eu confio na palavra dele de que n�o recebeu (o aparelho)", afirmou Agnelo, lembrando que Monteiro tamb�m colocou seus sigilos � disposi��o a fim de apurar "a verdade dos fatos". O governador do DF disse que uma investiga��o dentro do GDF apura a conduta do seu ex-auxiliar direto.
Encontro
Agnelo tamb�m admitiu que se encontrou com Carlinhos Cachoeira, mas ressaltou que como diretor da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). A reuni�o teria sido realizada em uma visita que Agnelo fez � empresa Vitapan, que tem Cachoeira como um dos s�cios.
O governador do DF disse ser "uma atividade absolutamente normal" um diretor da Anvisa fazer visitas a laborat�rios. No caso da Vitapan, o ent�o diretor da ag�ncia disse que conheceu o portf�lio de produ��o da empresa. Na visita, ele teria conversado com Cachoeira e t�cnicos da empresa. "N�o tenho absolutamente nada com o senhor Carlos Cachoeira, nem rela��o nem contribui��o de campanha", disse.
Questionado pelo relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), sobre as 50 cita��es a seu nome feitas pelo grupo de Cachoeira em intercepta��es telef�nicas, o governador do DF disse que n�o pode responder por di�logos de terceiros. Mas ressaltou que, se for feita uma an�lise das conversas, a maioria ou at� a totalidade � de "ataques � minha pessoa".