A presidente Dilma Rousseff se emocionou nessa sexta-feira ao comentar que n�o conhece e n�o quis conhecer a identidade dos seus torturadores, lembrando que eles "n�o tinham nomes verdadeiros" e que o que havia eram "elucubra��es". Para Dilma, "a quest�o n�o � o torturador, mas � a tortura" e "o problema � em que condi��es a tortura � estabelecida e � operada".
As afirma��es da presidente Dilma se referiam a um depoimento prestado por ela, em 2001, sobre as torturas sofridas quando esteve detida na pris�o em Minas Gerais. "No passar dos anos, uma das melhores coisas que me aconteceram foi n�o me fixar nas pessoas, nem ter por elas qualquer sentimento, como disse no meu discurso, nem �dio, nem vingan�a, mas tamb�m tampouco perd�o", comentou, ao citar que n�o tem sentimento pessoal em rela��o a quem praticou atos de viol�ncia contra ela.
Para Dilma, � preciso "virar a p�gina". "E para virar a p�gina deste Pa�s n�s temos a Comiss�o da Verdade e � isso o que esta comiss�o eu espero que fa�a, porque n�s precisamos saber a verdade." E completou: "A verdade � isso. N�o se esquece, mas n�o se esquece do ponto de vista hist�rico, n�o do ponto de vista individual".
A presidente encerrou o coment�rio sobre sua passagem na pris�o, reconhecendo que entende a curiosidade de todos sobre aqueles momentos, mas lembrou que, durante a campanha presidencial, todos os dias ela respondia a perguntas sobre este tema