O presidente estadual do PSDB em Minas Gerais, Marcus Pestana, classificou de trai��o a quebra de rota do PT rumo ao lan�amento de candidatura pr�pria, retirando o apoio � reelei��o do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Conforme o tucano, o partido usufruiu do poder durante tr�s anos e meio e, �s v�speras da disputa, virou as costas para o prefeito. Lacerda venceu o pleito em 2008 com o apoio das tr�s legendas.
Segundo Pestana, o PSDB n�o pretende reivindicar a vice-prefeitura na chapa que disputar� a reelei��o. Antes da mudan�a de posicionamento do PT, o posto seria ocupado por um dos deputados federais petistas em Minas, Miguel Corr�a J�nior. O rompimento do partido com Lacerda aconteceu depois que o PSB se negou a coligar com o PT na disputa por cadeiras na C�mara Municipal. “Mais do que nunca estamos unidos em torno da reelei��o do prefeito. Agora, revigorados”, disse Pestana.
O tom extra�do dos encontros foi no sentido de evitar qualquer temor em rela��o principalmente � possibilidade de Lacerda enfrentar o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate � Fome Patrus Ananias, ex-prefeito da capital, considerado como o �nico capaz de unir o PT em Belo Horizonte. O partido nos �ltimos tr�s anos se dividiu entre os que defendiam candidatura pr�pria e os que apoiavam a reelei��o de Lacerda. “Em 2010 Anastasia foi eleito com o triplo dos votos de H�lio Costa, que tinha Patrus como vice e o apoio do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva”, lembrou Pestana.
A possibilidade de o PMDB apoiar a candidatura do PT, inclusive com a indica��o do vice na chapa, tamb�m n�o incomodou os tucanos, ao menos a julgar pelas declara��es oficiais. “� at� natural que isso aconte�a, j� que os dois partidos est�o juntos no apoio ao governo federal”, argumenta o presidente municipal do PSDB de Belo Horizonte, Jo�o Leite.
Contas
A briga entre PT e PSB por causa da disputa por vagas na C�mara Municipal ocorreu porque, conforme c�lculos dos correligion�rios de Lacerda, a uni�o com os agora ex-aliados reduziria o n�mero de vereadores do partido na Casa. Os n�meros citados por parlamentares d�o conta de que, sozinho, o PSB veria a bancada aumentar de tr�s para seis cadeiras. J� com o PT, a legenda conseguiria eleger no m�ximo dois vereadores. Nas coliga��es, partidos com candidatos mais bem votados levam vantagem em rela��o a aliados com menos potencial para conquista de eleitores.