O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende o senador Dem�stenes Torres (sem partido-GO), questionou nesta quarta-feira, na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado, o fato de a Casa julgar o senador com base em prova ilegal. Para o defensor, pode-se at� ser contra pessoalmente ao foro especial, mas diante do fato de ele existir tem de ser respeitado.
"� correto julgar um senador da Rep�blica com base em prova ilegal?", questionou o advogado. Na sua fala de 15 minutos, muito semelhante � sustenta��o que fez no Conselho de �tica na semana passada, Kakay repetiu que o julgamento � pol�tico, mas deve respeitar um rito jur�dico, garantindo direito de ampla defesa e do contradit�rio.
Assim como Dem�stenes tem dito nos seus discursos em plen�rio, o advogado afirmou que a pessoa mais importante do processo criminal brasileiro � o "tira hermeneuta", o respons�vel por analisar os di�logos grampeados pela Pol�cia Federal.
Kakay disse que o vazamento "criminoso" e "di�rio" contra Dem�stenes cria um clima de condena��o antecipada. O senador goiano � acusado de usar mandato para defender os interesses do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"Eu n�o tenho a pretens�o de mudar o voto de vossas excel�ncias, mas eu tenho a pretens�o de defender um senador da Rep�blica, de defender o devido processo legal", afirmou. "O senador Dem�stenes tem feito um mantra, ele quer falar no plen�rio no dia da defesa. Ele quer ser julgado pelos seus pares. Ele n�o quer que a defesa bata no Supremo Tribunal", completou Kakay, ressaltando que poderia ter recorrido ao STF, mas seu cliente n�o deixou.