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Estado de Minas

Mais de R$ 60 bilh�es em obras est�o � espera da retomada da economia

Lan�adas com a promessa de impulsionar o desenvolvimento do pa�s em �reas estrat�gicas, tr�s megaobras or�adas em mais de R$ 60 bilh�es praticamente pararam no primeiro semestre


postado em 09/07/2012 06:58 / atualizado em 09/07/2012 08:23

Or�adas em bilh�es de reais e anunciadas como as melhores op��es para revolucionar a infraestrutura nas �reas de energia, transporte e abastecimento no pa�s, tr�s das maiores obras em andamento no Brasil tiveram pouco ou quase nenhum avan�o no primeiro semestre, efeito entre outros fatores, da crise internacional. Marcadas por paralisa��es e adiamentos, a transposi��o do Rio S�o Francisco, a constru��o do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj) e a licita��o do projeto do Trem de Alta Velocidade, o chamado trem-bala, que ligar� S�o Paulo � capital fluminense %u2013 que totalizam juntas investimentos de mais de R$ 60 bilh�es %u2013, passaram os seis primeiros meses de 2012 com o freio de m�o puxado.

As duas primeiras previam um gasto de R$ 8,8 bilh�es neste ano, mas tiveram at� agora apenas R$ 1,4 bilh�o executado, equivalente a 15% do previsto. No setor energ�tico, que tamb�m ocupa parte consider�vel no or�amento federal, a lentid�o n�o deixou de estar presente, com registro de atrasos em 21 das 27 obras de hidrel�tricas.

Os problemas com licenciamentos ambientais, greves de trabalhadores, atrasos na libera��o de editais e contratos com empresas que precisaram ser revistos s�o apontados pelos minist�rios respons�veis como alguns dos problemas enfrentados nessas obras. No entanto, a baixa execu��o de algumas etapas nos empreendimentos de grande porte � tamb�m o reflexo de um cen�rio de crise, no qual o governo adota extrema cautela. O p� atr�s com esses investimentos � uma forma de evitar que grandes despesas atrapalhem as metas de super�vit em um momento em que as economias internacionais enfrentam um per�odo de estagna��o.

Maior constru��o do pa�s para os pr�ximos anos, o trem-bala, que ligar� as cidades do Rio de Janeiro, S�o Paulo e Campinas, tem pol�micas proporcionais ao tamanho de seu or�amento, estimado em R$ 33,2 bilh�es. A obra, prometida inicialmente como solu��o para os problemas de mobilidade entre as duas maiores cidades do pa�s durante a Copa do Mundo de 2014, tinha a data limite para publica��o do edital que daria in�cio ao processo de licita��o marcada para 14 de junho, mas poucos dias antes o rec�m-empossado presidente da Empresa de Transporte Ferrovi�rio de Alta Velocidade (Etav), estatal que vai administrar o novo transporte, Bernardo Figueiredo, admitiu que dificilmente a primeira etapa ocorreria neste ano.

Na semana passada, a Etav anunciou, por meio de nota, que, para recuperar o tempo perdido, poder� executar o projeto de engenharia enquanto os leil�es s�o preparados, mas, segundo o Minist�rio dos Transportes, ainda n�o existe uma previs�o de quando o primeiro edital ser� lan�ado.

TRANSPOSI��O PARADA
J� para a transposi��o do Rio S�o Francisco, obra iniciada em 2007, que teve at� maio 36% do empreendimento entregue, foram liberados R$ 924 milh�es para este ano, mas at� o fim de junho foram gastos R$ 201 milh�es %u2013 cerca de 20% do previsto. A maior parte do valor investido na obra pelo governo federal, R$ 157 milh�es, foi destinada aos restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores. No Cear�, o lote seis da obra, que teve as atividades completamente paralisadas nos �ltimos dois meses, tinha como uma das empresas respons�veis a Construtora Delta, suspeita de liga��es com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Segundo nota divulgada na sexta-feira, o Minist�rio da Integra��o explica que %u201Ca retomada imediata das obras j� foi determinada ao cons�rcio respons�vel, sob pena de san��es contratuais%u201D, e que o resultado da auditoria que est� sendo feita pela Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) para apurar irregularidades no cons�rcio que tem a participa��o da Delta ser� divulgado neste m�s e, %u201Ccaso haja rompimento do contrato no lote seis, os servi�os n�o conclu�dos poder�o ser inclu�dos em outra licita��o%u201D. Apesar do baixo or�amento registrado no primeiro semestre, a pasta manteve a previs�o de entrega da obra em 2015, tr�s anos depois da primeira data anunciada em 2007.


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