O tempo destinado ao PSD na propaganda eleitoral gratuita � de apenas dois minutos e dois segundos, mas o tamanho da confus�o no partido � dif�cil de ser cronometrado e deve se arrastar por muito mais tempo at� uma decis�o definitiva sobre de qual lado estar� a legenda novata. O secret�rio-geral do PSD em Belo Horizonte e em Minas Gerais, Alexandre Silveira, que � secret�rio de Gest�o Metropolitana do governo de Antonio Anastasia (PSDB), promete fazer uma rebeli�o no PSD. O discurso de Silveira � voltado, principalmente, contra o presidente da legenda em Minas Gerais, Paulo Safady Sim�o. “O partido n�o pode ser conduzido de forma personalista, por uma, duas ou tr�s pessoas. Temos que rever a dire��o em Minas”, afirma Silveira.
Silveira, por sua vez, alega que registrou a ata da conven��o no prazo legal e que o apoio � candidatura majorit�ria do PSB e a coliga��o proporcional com PPS foram aclamados por unanimidade pelo diret�rio municipal. A conven��o do PSD foi realizada em um s�bado e no dia seguinte o PT rompeu com Lacerda, decidindo pela candidatura pr�pria. No dia seguinte, uma segunda-feira, de acordo com Silveira, o PSD reafirmou o apoio a Lacerda, em um encontro � noite no gabinete do prefeito. Por�m, ainda segundo Silveira, a interven��o nacional do partido aconteceu sem consultar a base do partido.
Sim�o, que compactua da decis�o de Kassab, discorda de Silveira. Afirma que os deputados federais da legenda foram consultados e que inclusive Silveira que foi eleito deputado, mas � licenciado, pois � secret�rio estadual, foi convidado a participar da reuni�o, mas n�o foi. “Dos cinco deputados, quatro votaram pelo apoio a Patrus”, garante Sim�o. Para o presidente estadual do PSD, o voto dos deputados federais � o mais importante, pois foi por causa da bancada federal que o partido conseguiu o tempo de televis�o.
Brutalidade
A rixa entre os dois segue forte. Silveira considera a atitude da dire��o nacional do partido de apoiar Patrus um ato de “brutalidade e cheio de irregularidades”. Ele entende tamb�m que a atitude prejudicou o partido, que, coligando proporcionalmente com o PPS, teria tr�s candidatos a vereador. Na coliga��o com o PT teria apenas um. “A senadora Katia Abreu e o ex-deputado federal Roberto Brant s�o testemunhas do que digo”, garante Silveira. K�tia j� manifestou sua indigna��o e chegou, inclusive, a receber convite do PMDB. Brant saiu do partido.
Depois do rompimento, Silveira acredita que sua atitude contribuir� para o partido. “A tentativa da dire��o nacional foi dar uma satisfa��o daquilo que eles prometeram para o governo federal”, avalia. Ele engrossa o tom e quer que Sim�o e Kassab revejam as posi��es. “Do mesmo jeito que reflu�ram saindo do Lacerda para o Patrus, podem voltar”, afirma. Sobre Sim�o tamb�m diz: “Acho nobre a miss�o dele de fazer pol�tica empresarial, mas, se ele entendesse de pol�tica partid�ria, n�o teria feito as agress�es que fez”. Silveira diz tamb�m que o partido n�o tem coragem de expuls�-lo e que recebeu 200 mil votos na �ltima elei��o.
Sim�o afirma que tem orgulho de ter constru�do a vida fazendo pol�tica empresarial e que a coliga��o foi desfeita porque o PSB rompeu com o PT. “� dif�cil domar todas essa feras. Inclusive as feras do bem e do mal”, afirma. Por fim resumiu: “Esse guerra toda � por causa do tempo de televis�o”.