Imprevistos atrasam julgamento do caso Maluf em cidade inglesa

O processo contra o ex-prefeito Paulo Maluf em Jersey conta com imprevistos que contrastam com a import�ncia do caso. Nessa ter�a-feira, ap�s mais de dez anos de trocas de cartas rogat�rias, brigas pol�ticas, investiga��es e recursos, a Corte Real de Jersey teria sua �ltima audi�ncia em torno de Maluf. Adiou a sess�o por causa do nevoeiro.

O “fog” que tomou a pequena ilha entre a Fran�a e a Inglaterra impediu que o juiz enviado por Londres aterrissasse em Jersey. O voo partiu de manh�, ficou no ar por mais de uma hora esperando as condi��es melhorarem, o que n�o ocorreu, e o avi�o retornou. O processo foi adiado em pelo menos quatro horas e, diante da condi��o clim�tica, arrastou-se at� hoje.

Nessa ter�a-feira, outro imprevisto foi a invas�o do sagu�o por um pato, afastado em sil�ncio por seguran�as, para n�o atrapalhar a sess�o. Para completar, o processo ser� interrompido no meio da tarde desta quarta-feira para a visita do pr�ncipe Charles e de sua mulher, Camila. A recep��o ocorrer� justamente na porta da corte, na pra�a central de Saint Helier.  Nessa ter�a-feira, enquanto o caso Maluf era tratado na corte, as secret�rias comentavam sobre a roupa e chap�us que usariam para o evento desta quarta-feira.

Jersey n�o � mesmo um lugar comum. A ilha tem 90 mil habitantes e 36 mil empresas e funda��es registradas, todas em busca do sigilo banc�rio e de isen��o de impostos. S�o 46 bancos internacionais registrados, entre eles um da �ndia e outro do Canad�, e mais de 200 trustes que gerenciam US$ 500 bilh�es em fortunas de todo o mundo.