O ex-prefeito Paulo Maluf, hoje deputado federal pelo PP, n�o se pronunciou nessa quarta-feira sobre as alega��es de advogados que representam a offshore ligada � sua fam�lia no processo em que a Prefeitura de S�o Paulo tenta repatriar US$ 22 milh�es. A reportagem entrou em contato com seus assessores mas n�o obteve resposta at� o momento. Desde que as suspeitas sobre o uso de para�sos fiscais surgiu, no in�cio da d�cada passada, Maluf sempre negou ter contas no exterior.
No processo em Jersey, os advogados da offshore ligada � fam�lia do ex-prefeito admitem que ele recebeu comiss�es em contas da ilha, mas dizem que as transa��es nada tinham a ver com acusa��es de corrup��o. A defesa afirmou que foram usados doleiros para enviar dinheiro ao exterior mas rejeitam a suspeita de que os recursos tenham vindo de verbas p�blicas. A defesa apontou ainda que, no Brasil, %u201Cdoleiros eram aceitos pela sociedade como uma maneira de enviar dinheiro ao exterior%u201D. E apelou aos ju�zes para que %u201Cavaliem o caso sem emo��o%u201D. Insistiu, tamb�m, que, mesmo que tenham existido as transfer�ncias ao exterior e que haja ind�cios de fraude em S�o Paulo, n�o h� prova de que o dinheiro saiu de cofres p�blicos. Um dos argumentos do advogado David Steenson - que representa a empresa Durant, cujo diretor foi Fl�vio Maluf - � que as transa��es apresentadas n�o s�o necessariamente subornos e a prefeitura %u201Cfracassou%u201D em provar isso. Steenson alegou que a conta Chanani, no Safra National Bank de Nova York, era apenas uma conta por onde eram movimentados no exterior os ativos de doleiros e de Maluf. Em nenhum momento Steenson lembrou das tradicionais frases de Maluf, de que %u201Cn�o tem%u201D contas no exterior. Ao juiz, tentou provar que %u201Cos documentos n�o explicam nada. Nem de onde veio o dinheiro e nem para onde foi%u201D. %u201CPode at� existir algum tipo de fraude em S�o Paulo. Mas n�o h� provas.%u201D Para concluir, insistiu que Maluf n�o teve chance de se defender.