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Estado de Minas

MPF denuncia mais um militar por sequestro durante a Guerrilha do Araguaia


postado em 20/07/2012 20:38

Bras�lia - Mais um militar respons�vel por crimes contra a humanidade durante a Guerrilha do Araguaia foi denunciado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) � Justi�a Federal em Marab� (PA). O major da reserva L�cio Augusto Maciel, que usava, na d�cada de 1970, o codinome de dr. Asdr�bal, foi denunciado pelo sequestro de Divino Ferreira de Sousa, o Nunes, capturado e ilegalmente detido pelo Ex�rcito durante a repress�o � guerrilha em 1973.

O sequestro de Divino ocorreu durante a Opera��o Marajoara, �ltima fase dos combates entre o Ex�rcito e os militantes. De acordo com a den�ncia, Divino foi emboscado no dia 14 de outubro de 1973 pelos militares chefiados por L�cio.

Na ocasi�o, Divino estava acompanhado de tr�s militantes do PCdoB, Andr� Grabois (o Z� Carlos), Jo�o Gualberto Calatroni (o Zeb�o) e Ant�nio Alfredo de Lima (o Alfredo). Ao avistarem os militantes, L�cio e seus homens abriram fogo. Tr�s guerrilheiros foram executados e Divino foi sequestrado e levado para a base militar da Casa Azul, em Marab�. Apesar de ferido, Divino foi interrogado e torturado na pris�o. Depois dessa ocasi�o, n�o foi mais visto.

Entre as testemunhas do sequestro de Divino est� o militar Jos� Vargas Jimenez, que escreveu um livro sobre a repress�o � guerrilha e depois confirmou todas as informa��es em depoimento �s autoridades. Ele disse que Divino foi capturado com vida e levado para as depend�ncias do Ex�rcito.

O mesmo depoimento foi prestado por Manoel Leal Lima, o Vanu, que servia de guia para o grupo de militares durante a emboscada. Vanu e Jimenez, e outras testemunhas relataram os sepultamentos dos tr�s militantes mortos na ocasi�o, sobre a morte de Divino, n�o h� relatos consistentes.

Para o MPF, a responsabiliza��o penal de L�cio Augusto Maciel decorre da sua “inequ�voca” participa��o nos crimes relatados na den�ncia, o que inclusive foi reconhecido por ele em depoimento prestado na Justi�a Federal do Rio de Janeiro, em 2010.

Segundo o procurador da Rep�blica do estado do Par� Ubirat� Cazetta, a den�ncia � resultado de expedi��es do Grupo de Trabalho Araguaia e os crimes de sequestro cometidos durante o regime militar n�o est�o prescritos ou cobertos pela anistia por serem crimes permanentes, conforme decis�es do Supremo Tribunal Federal e tamb�m da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Essa � a segunda a��o penal movida pelo MPF contra militares envolvidos em crimes contra a humanidade e graves viola��es a direitos humanos durante a Guerrilha do Araguaia. O primeiro denunciado foi o oficial da reserva Sebasti�o Curi�. A den�ncia n�o foi aceita pela 2ª Vara da Justi�a Federal de Marab�, mas o Minist�rio P�blico j� entrou com recurso.


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