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Estado de Minas

Empresa de Russomanno tem bens bloqueados


postado em 31/07/2012 11:00

A ND Comunica��o, ag�ncia de publicidade da qual o candidato � Prefeitura de S�o Paulo Celso Russomanno (PRB) � s�cio, est� bloqueada judicialmente e com os bens indispon�veis. O bloqueio, pedido pela Fazenda Nacional e autorizado pela Vara da Fazenda P�blica de Diadema, ocorreu em 19 de mar�o deste ano e tem como alvo o empres�rio Laerte Codonho, s�cio do candidato e dono da marca de refrigerantes Dolly.

Em 2004, Russomanno, que se apresenta ao eleitorado e em programas de TV como defensor dos consumidores, usou seu mandato na C�mara para defender Codonho em audi�ncia p�blica. Depois, o empres�rio tornou-se, al�m de s�cio, o maior doador de campanha do ex-deputado federal na disputa ao governo paulista em 2010 e patrocinador de um de seus programas de TV.

Codonho foi condenado a cinco anos de pris�o em regime semiaberto em novembro de 2011, por crime contra a ordem tribut�ria. Ele recorre da decis�o em tribunais superiores. Na a��o penal a que o empres�rio responde e que corre sob segredo de Justi�a, a desembargadora Ramza Tartuce informa que Codonho foi condenado por crimes relatados pela Receita Federal. Segundo a desembargadora, o Fisco informou ter verificado, em auditoria feita na Dolly, a sonega��o de impostos por meio da omiss�o de receitas. A Receita, ent�o, encaminhou uma representa��o criminal contra Codonho e a empresa.

Esquema


Uma testemunha que relatou � Justi�a o suposto esquema de sonega��o foi o ex-funcion�rio Pedro Quintino de Paula, que trabalhou na Dolly entre 1995 e 2001. Em entrevista � reportagem Quintino afirmou que Codonho ordenava o pagamento de 20% dos tributos devidos.

“No ano 2000, eles chegavam a sonegar entre R$ 1,8 milh�o e R$ 2 milh�es por m�s”, afirmou. “Desde o in�cio pag�vamos 20% do valor dos impostos que deveriam ser pagos. Nunca se recolheu 100%.”

Quintino disse que uma gr�fica imprimia notas fiscais em duplicidade para a Dolly. “Repetia o mesmo n�mero duas vezes, ou at� tr�s, quando precisava, para fazer um valor de 20% para o Fisco e de 100% do cliente.”

O ex-funcion�rio foi convidado por Russomanno para a audi�ncia em que ele defendeu a Dolly. Segundo Quintino, a reuni�o foi um jogo de “cartas marcadas”. “A audi�ncia toda foi comandada pelo Laerte Codonho.” Ele disse avaliar que o empres�rio e Russomanno tenham combinado o tom do encontro.

Procurado, o empres�rio n�o respondeu at� esta edi��o ser conclu�da. Em 2004, na audi�ncia, Codonho chamou Quintino de “bandido” e “estelionat�rio” e afirmou ter provas de que o ex-funcion�rio roubara a Dolly e de que ele fora infiltrado na empresa pela Coca-Cola, com quem travava uma disputa industrial.

"Quest�es pequenas"

O candidato do PRB, Celso Russomanno, disse considerar a indisponibilidade dos bens envolvendo sua empresa, a ND Comunica��o, e o seu s�cio Laerte Codonho “quest�es pequenas”. “A cidade de S�o Paulo e seus problemas s�o muito grandes para quest�es t�o pequenas como essa. O que eu tinha para falar sobre isso j� foi respondido. Para mim o assunto est� encerrado”, disse em e-mail ao jornal O Estado de S.Paulo.

Em ato de campanha ontem, Russomanno foi indagado sobre a sociedade. O candidato atacou o jornal O Estado de S.Paulo: “Voc�s falharam comigo. Eu acho que a imprensa tem que ter �tica. E a �tica come�a quando voc� responde a uma pergunta e a resposta � colocada na �ntegra, n�o s� o que interessa ao jornalista. A� faltou �tica.”

Na sexta-feira, Russomanno disse que n�o tinha conhecimento sobre a decis�o da Justi�a que condenava o s�cio a cinco anos de pris�o em regime semiaberto: “Tomei conhecimento disso atrav�s deste questionamento. Fiz uma consulta e me foi informado que est� em grau de recurso na Justi�a. S� vou opinar quando terminar o processo.”


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