(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Gurgel quer acertar cronograma do julgamento do mensal�o

Procurador-geral acusa advogados de atuarem para atrasar o cronograma do julgamento do processo e cogita a realiza��o de sess�o extra para compensar perda de tempo de ontem


postado em 03/08/2012 06:00 / atualizado em 03/08/2012 06:36

Bras�lia – Julgar um processo de 50 mil p�ginas e que envolve 38 r�us e 47 advogados � uma tarefa naturalmente demorada. Depois de seis anos de tr�mite no Supremo Tribunal Federal, os representantes dos acusados contribu�ram ontem para atrasar ainda mais o desfecho do caso. A apresenta��o de quest�es de ordem no plen�rio tomou praticamente todo o primeiro dia do julgamento do mensal�o.

O cronograma previsto inicialmente para a an�lise da a��o penal 470 j� est� comprometido. A sustenta��o oral do procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel, prevista para ocupar toda a tarde de ontem, ser� apresentada hoje — a menos que surjam novas quest�es de ordem. A fala do representante da PGR n�o trar� grandes avan�os com rela��o �s alega��es finais j� apresentadas no ano passado ao Supremo Tribunal Federal. No plen�rio da Corte, Gurgel vai reafirmar sua convic��o de que os r�us integraram um esquema de corrup��o em que parlamentares recebiam recursos para votar de acordo com os interesses do governo.

O procurador-geral acusou os advogados de atuarem para atrasar o cronograma. “Como ficou evidenciado nessa sess�o inicial, a defesa se esfor�a para protelar o julgamento. O Minist�rio P�blico n�o pode contribuir de qualquer forma para que isso aconte�a. Pelo contr�rio, o MP tem que atuar no sentido de que o julgamento se inicie o mais rapidamente poss�vel e que seja conclu�do tamb�m no menor tempo”, afirmou Gurgel. “Tenho certeza que o presidente e a Corte ter�o a firmeza necess�ria para levar adiante o julgamento com o menor atraso poss�vel.”

Gurgel acredita, entretanto, que o atraso de apenas um dia poderia ser compensado ao longo das pr�ximas sess�es. “Pode haver eventualmente a convoca��o de uma sess�o fora daquele calend�rio”, argumentou. Ele lamentou que o debate acerca da quest�o de ordem levantada pelo ex-ministro da Justi�a M�rcio Thomaz Bastos sobre o desmembramento do processo tenha tomado toda a tarde de ontem. “Foi uma pena ter um dia praticamente consumido com uma quest�o que j� havia sido apreciada e decidida in�meras vezes”, comentou.

Audiovisual negado

Advogados de defesa no caso do mensal�o negaram que a apresenta��o de quest�es de ordem tenha rela��o com uma tentativa de atrasar o julgamento. O advogado Alberto Zacharias Toron, que representa o deputado Jo�o Paulo Cunha e tentou apresentar uma quest�o de ordem durante a sess�o de ontem, indeferida, acredita que o atraso vai suscitar problemas. “Se o (Cezar) Peluso quiser adiantar seu voto e algu�m disser que n�o pode, como � que fica?”, questiona, refererindo-se � possibilidade de o ministro n�o ficar at� o fim do julgamento, j� que se aposenta em 3 de setembro.

 O STF j� havia rejeitado o pedido de Toron de uso dos recursos audiovisuais na sess�o de quarta-feira pelo placar de cinco votos a quatro. Mas ontem, logo depois da decis�o que negou o desmembramento, ele subiu � tribuna para tentar ressuscitar o assunto, com o argumento de que, no momento da decis�o, o qu�rum n�o estava completo.

Para o advogado Luiz Francisco Corr�a Barbosa, que representa o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o Supremo n�o pode impedir os defensores de apresentarem quest�es de ordem, quando eles avaliarem que s�o necess�rias. Antes de fazer sua sustenta��o oral, ele promete questionar os ministros sobre o fato de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ter ficado de fora da den�ncia. “Houve uma recusa de inclus�o de Lula no processo, mesmo diante de provas, e vou tratar disso quando tiver a palavra”, afirmou Barbosa.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)