Autor intelectual da tese de que o mensal�o foi apenas uma opera��o de caixa dois eleitoral - e n�o compra de apoio pol�tico - e art�fice da tentativa de desmembrar o processo de mensal�o que retardaria o julgamento, o advogado Marcio Thomaz Bastos foi a estrela na inaugura��o do julgamento do caso nessa quinta-feira.
Natural
A passos lentos, mas seguro em seus 77 anos, a beca de sempre pendurada no bra�o direito, o ex-ministro da Justi�a do governo Lula deixou o plen�rio do Supremo �s 18 horas, quando o presidente da Corte abriu intervalo de meia hora.
Marcado de perto pelos jornalistas, cortejado pelos bachar�is, deu a volta no edif�cio e caminhou at� o Anexo I. “Aqui tem uma lanchonete, preciso comer um sandu�che. At� logo.”
A meta era alcan�ar a prescri��o com o pedido de desmembramento dos autos?, lhe foi perguntado. “N�o, nem um pouco. O que eu disse na sustenta��o � verdade, se manda isso para um juiz (de primeiro grau) � capaz de ele julgar mais depressa do que uma Corte.”
Relata que levou ao STF c�pias do memorial - pe�a final - com as pondera��es acerca do Pacto de San Jos� da Costa Rica, do qual o Brasil � signat�rio, que garante ao acusado duplo grau de jurisdi��o. “Foi no fim do ano passado, entreguei para alguns pessoalmente. Senti alguma receptividade. Eu acho que tenho raz�o nesse caso.”
A quais ministros entregou? “Entreguei para alguns, para a Rosa (Weber), o ministro Marco Aur�lio, (Luiz) Fux.” Decepcionado com o resultado? “N�o, eu tinha poucas esperan�as. Mas achei que devia colocar (a quest�o de ordem) porque � um tema importante para a Corte, n�o �? Ela � a guardi� da Constitui��o.”
Com habilidade, n�o alimentou o entrevero entre Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. “� natural.” Evitou pol�mica sobre o impedimento do ministro Dias Toffoli. “Ele votou (a quest�o de ordem), ningu�m arguiu (suspei��o). N�o vejo mais condi��es para que se levante a suspei��o. Ele (Toffoli) j� tinha votado antes quest�es de ordem. Acho que acabamos com essa demanda.” Bom que Toffoli prossiga? “N�o sei, vamos ver com o voto dele”, respondeu, com um largo sorriso.