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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade quer memoriais em pr�dios onde presos foram torturados no Rio de Janeiro


postado em 13/08/2012 18:47

Rio de Janeiro - A Comiss�o Nacional da Verdade quer que o governo do Rio de Janeiro tombe pr�dios e crie memoriais em locais usados pelo regime militar como centros de tortura de presos pol�ticos. A informa��o � do coordenador da comiss�o, Gilson Dipp, e atende a reivindica��o de organiza��es da sociedade.

A exemplo do Museu da Resist�ncia, criado em S�o Paulo na antiga sede do Departamento de Ordem e Pol�tica Social (Dops), em 2009, o coordenador avalia que memoriais ajudam a contar a hist�ria do pa�s. "De todos esses locais, os mais importantes, na nossa proposi��o, � que se tornem rel�quias, quanta gente nunca ouvi falar da repress�o militar?", perguntou Dipp.

A reivindica��o da cria��o dos centros culturais e dos tombamentos � do Coletivo Mem�ria Verdade e Justi�a, formado por cerca de 20 organiza��es, dentre as quais a Seccional RJ da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que recebeu nesta segunda-feira a comiss�o pela primeira vez. Na ocasi�o foram entregues depoimentos de sobreviventes e de parentes de desaparecidos.

No evento, o presidente, Wadih Damous, pediu o tombamento do Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-Codi), na Tijuca, e da chamada Casa da Morte, em Petr�polis, mantida secretamente pelo Ex�rcito, de onde apenas a militante, In�s Etienne Romeu, saiu viva.

Ana Bursztyn-Miranda, representando com Damous o coletivo no Rio, acrescentou que outro importante centro de tortura e pris�o de militantes, o Departamento de Ordem Pol�tica e Social (Dops) do Rio, onde funciona o Museu da Pol�cia Civil, na Rua da Rela��o, como j� � tombado, deve ser transformado em um memorial. O pr�dio hist�rico � de 1912.

"Como foi um pr�dio t�o importante criado para ser sede da Pol�cia Central do Brasil, quando o Rio era capital, e tem uma mem�ria de repress�o longa - funcionou tamb�m na ditadura de Get�lio Vargas - aceitamos negociar a perman�ncia do Museu da Pol�cia Civil, at� porque boa parte deste acervo foi conseguido por meio de m�todos repressivos", disse Ana Bursztyn.

Integrantes do Grupo Tortura Nunca Mais, a ativista Vit�ria Grabois e Cec�lia Coimbra pediram mais transpar�ncia da comiss�o na divulga��o de depoimentos dos militares. "Manter o sigilo � manter a confidencialidade entre os torturadores desse pa�s", declarou Cec�lia.

Dipp, no entanto, explicou que todas as informa��es prestadas ou descobertas ser�o divulgadas. "Em um determinado momento, pode ser que uma oitiva seja feita em sigilo, mas depois que esse trabalho for esgotado, sair� tudo no relat�rio final. E [quando poss�vel], at� mesmo no decorrer do processo".

Tamb�m foi anunciado para a pr�xima quinta-feira um ato p�blico pedindo a desapropria��o da Fazenda Cambahyba, em Campos, onde corpos de pelo menos dez presos pol�ticos foram incinerados, conforme revelou o ex-delegado do Dops, Cl�udio Guerra. O Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra) entrou com pedido Judicial neste sentido.


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