(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Foco da investiga��o na Delta provoca diverg�ncias na CPI do Cachoeira

Segundo os parlamentares, a construtora Delta movimentou mais de R$ 300 milh�es por meio de empresas de fachada


postado em 16/08/2012 08:51

Integrantes da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) do Cachoeira divergiram nessa quarta-feira sobre colocar ou n�o a Delta Constru��es S.A. como centro das investiga��es. A Delta � a construtora campe� de contratos do governo federal no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC).

Durante o depoimento dessa quarta-feira, a empres�ria Roseli Pantoja convenceu os parlamentares de que teve seu nome usado sem sua autoriza��o para cria��o de empresas de fachada. J� deputados e senadores qualificaram o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de "s�cio ultraminorit�rio da organiza��o criminosa”.

"Estamos chegando � conclus�o de que o Cachoeira � peixe mi�do nesta hist�ria, e a holding do esquema � a construtora Delta; s�o 16 empresas de fachada que movimentaram quase R$ 300 milh�es", disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).

O senador Pedro Taques (PDT-MT) concordou que as investiga��es da comiss�o devem se voltar para a Delta. "N�o d� para circunscrevermos as investiga��es da CPMI ao Centro-Oeste. O sr. [Fernando] Cavendish assinava os cheques l� no Rio de Janeiro. Se viv�ssemos num pa�s s�rio, o dono da Delta estaria preso", disse. Cavendish deixou a presid�ncia da construtora Delta h� tr�s meses, quando se tornaram mais expl�citas as informa��es sobre o envolvimento da empresa com os fatos investigados pela comiss�o.

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) fez coro � pris�o do empres�rio carioca e disse que a CPMI, para ser s�ria, deve quebrar os sigilos de todas empresas laranjas que receberam recursos da Delta.

Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), a comiss�o deveria mudar seu nome para "CPMI da Delta". Segundo ele, Carlinhos Cachoeira � um problema da pol�cia e da Justi�a criminal, “e, em breve, ter� uma senten�a de 20 anos para cima". Na avalia��o do deputado, “o que importa para a comiss�o agora � a Delta”.

O l�der do PSDB, deputado Bruno Ara�jo (PE), disse que "come�ou agora a CPMI da Delta". Segundo ele, "o Cachoeira virou c�rrego, virou coisa pequena", pois "s�o R$ 7 bilh�es em obras p�blicas feitas pela Delta". Ele afirmou tamb�m que a construtora Delta tem 6% de seus contratos com o PSDB e 94% com partidos governistas.

Foco em Cachoeira

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que ela deve se focar nas rela��es suspeitas da Delta que serviram � organiza��o do Cachoeira. “Estamos falando de uma organiza��o criminosa que continua atuando e operando. N�o sei de onde tiraram que a hist�ria de Cachoeira est� resolvida. Ele continua atuando em Goi�s e � como se isso n�o existisse?” questionou. Segundo Cunha, a comiss�o deve continuar investigando a organiza��o de Cachoeira at� conseguir desmontar o esquema.

O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) disse que CPMI do Cachoeira n�o acabou e que est�o querendo mudar o foco das investiga��es. “A CPMI est� no rumo certo, n�o acabou nada. Estamos perto de dar o bote e est�o querendo desviar para a Delta nacional? Calma a�, por que desviar? Temos que deixar claro para a Na��o quem s�o os agentes p�blicos por tr�s do Cachoeira, porque estamos diante do maior esc�ndalo de corrup��o deste Pa�s. Vamos devagar com o andor”, disse.

Para o deputado Emiliano Jos� (PT-BA), a comiss�o n�o pode escamotear a investiga��o sobre Cachoeira para n�o perder o foco. Ele disse que a organiza��o de Cachoeira inclui membros do governo de Goi�s “por inteiro”, o governador Marconi Perillo (PSDB) “por inteiro” e tamb�m outros estados.

Cruzamento de dados

Miro Teixeira cobrou que o PSDB compartilhe com os demais integrantes da CPMI os cruzamentos de dados feitos por uma assessoria privada com softwares espec�ficos. “Precisamos ter acesso a esses cruzamentos o quanto antes”, disse.

Pelo levantamento tucano, a Delta transferiu para empresas fantasmas R$ 291 milh�es entre 2002 e 2012. Desse total, R$ 27,6 milh�es foram para a Alberto & Pantoja, em nome da empres�ria Roseli Pantoja, de maio de 2010 a maio de 2011. De acordo com o estudo, o maior benefici�rio da empresa foi o contador Geovani Pereira da Silva, apontado como tesoureiro do esquema de Cachoeira, que recebeu R$ 8,6 milh�es.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)