Com repert�rio recheado de cr�ticas ao que chamou de "a velha pol�tica", o candidato do PSOL � Prefeitura de S�o Paulo, Carlos Gianazzi, afirmou durante entrevista ao Grupo Estado, nesta quinta (16), que pretende extinguir o Tribunal de Contas do Munic�pio (TCM), caso seja eleito no pleito de outubro deste ano. Para ele, o �rg�o representa "uma heran�a maldita do regime militar". "Vamos extinguir o TCM, que consome mais de R$ 230 milh�es dos cofres p�blicos por ano. � um cabide de emprego (com as indica��es dos conselheiros pela Prefeitura). A cidade toda lutando contra a especula��o imobili�ria e vai l� o (prefeito Gilberto) Kassab e indica o Domingos Dissei, um empreiteiro, para o cargo", criticou.
Gianazzi abriu a s�rie de Entrevistas Estad�o com os 12 candidatos que disputam a Prefeitura de S�o Paulo. Os encontros v�o ser realizados sempre �s 15h e podem ser acompanhados, ao vivo, pela p�gina da TV Estad�o no portal Estad�o.com.br. Os leitores tamb�m podem participar, enviando perguntas pela p�gina da editoria de Pol�tica do Estado no Facebook ou pelo Twitter, usando a hashtag #Estad�o. Amanh�, o entrevistado ser� Levi Fidelix (PRTB).
De acordo com Gianazzi, o seu partido, o PSOL, � o �nico com autonomia para encarar esses grupos porque "n�o � sustentado pelas grandes empreiteiras e pelos grandes empres�rios". "Os outros t�m o rabo preso", opinou. Questionado sobre quem eram os outros, Gianazzi apontou o PSDB e o PT como os dois principais atores, al�m do que classificou de "partidos sat�lites, que orbitam ao redor desses dois", como o PMDB, PDT, PSD e o PPS.
Com menos de um minuto na propaganda do hor�rio eleitoral gratuito no r�dio e na TV (57s), Gianazzi afirmou que pretende usar o prest�gio "�tico e combativo" dos integrantes de seu partido para convencer o eleitorado. Ele j� realizou sess�es de fotos com o candidato do PSOL � Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, e far�, nesta sexta-feira (17), caminhada em S�o Paulo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), "que foi uma das vozes mais ativas na CPI do Cachoeira". E avalia: "Um militante do PSOL vale por mil cabos eleitorais das outras candidaturas." Ele disse tamb�m que recebeu apoio da base petista na Capital, sobretudo dos professores. "Eles come�am a aparecer por causa da alian�a que o Haddad (Fernando Haddad, candidato do PT � Prefeitura) fez com o (deputado federal pelo PP, Paulo) Maluf."
Choque
Na entrevista ao Grupo Estado, Gianazzi defendeu tamb�m um "choque" de investimentos na educa��o p�blica, pois no seu entender � o principal instrumento de desenvolvimento, e um "choque de gest�o democr�tica". Entre as mudan�as que planeja para a administra��o municipal, caso seja eleito, ele citou a institui��o de elei��es para os subprefeitos da cidade e uma "maior participa��o popular". "O Kassab militarizou as subprefeituras. (Instauraria) elei��es diretas para as sub, para decidir o or�amento e faria o planejamento participativo e fortaleceria os conselhos gestores. Quanto mais transpar�ncia, menos corrup��o. Vamos estimular a participa��o popular."
Gianazzi afirmou tamb�m que � contr�rio � instala��o de ped�gios urbanos na cidade de S�o Paulo: "� um crime contra a popula��o. N�s defendemos investimentos em transporte de massa, especialmente em trem e metr� e a constru��o de 150 quil�metros de corredores de �nibus."
Na sa�de, Gianazzi defendeu a valoriza��o dos profissionais da �rea, com aumento de sal�rio, e a constru��o de novos hospitais. "Faria, ao menos, mais tr�s unidades".
Gianazzi afirmou ainda que tentaria o refinanciamento da d�vida p�blica de S�o Paulo com a Uni�o. "Nenhum prefeito teve coragem de fazer esse enfrentamento. O PSDB foi governo e n�o fez. A Marta governou com o Lula e n�o fez. Eles mentem (que tentaram fazer) porque tiveram a oportunidade e n�o fizeram."