O relator do processo do mensal�o, ministro Joaquim Barbosa, afirmou que a ag�ncia DNA, do publicit�rio Marcos Val�rio, usou notas frias para justificar a��es para o Banco do Brasil em montante compat�vel com os recursos recebidos de forma antecipada do fundo Visanet. Barbosa afirma que o desvio de recursos p�blicos foi a base do mensal�o e que os empr�stimos feitos por Val�rio nos bancos Rural e BMG tentavam ocultar essa origem.
De acordo com Barbosa, laudo do Instituto de Criminal�stica da Pol�cia Federal aponta que pelo menos quatro notas foram falsificadas. "Houve adultera��o de impress�es de documentos fiscais e falsifica��o de assinaturas de servidores e de carimbos".
Na vis�o do ministro, os contratos de empr�stimos firmados pela empresa com os bancos Rural e BMG tinham o objetivo de ocultar a origem dos recursos, que seriam desvios do Banco do Brasil. "Esses empr�stimos simult�neos serviram para dissimular o desvio de recursos no Banco do Brasil para fins privado, para os s�cios e pessoas indicadas por Del�bio Soares".
Barbosa destacou algumas movimenta��es financeiras que comprovariam que o desvio abasteceu o mensal�o. Observou que em mar�o de 2004 a ag�ncia recebeu R$ 35 milh�es em antecipa��o do fundo Visanet e o montante foi aplicado em um fundo de investimentos. Um m�s depois, R$ 10 milh�es foram repassados para um CDB no banco BMG e serviram de garantia de empr�stimos de igual valor feito pelo advogado da empresa, Rog�rio Tolentino. Deste montante, R$ 3,1 milh�o foi para a corretora Bonus Banval e teve como destinat�rio final pol�ticos do PP. O restante foi para a conta de outra empresa de Marcos Val�rio, na qual tamb�m foram feitos saques para benefici�rios do esquema.
"Foi dessa forma que os recursos no Banco do Brasil mantidos no fundo de Visanet foram depositados em conta de livre movimenta��o da empresa e os s�cios promoveram desvios em beneficio pr�prio e de outras pessoas", afirmou o relator.