Greve n�o prejudica servi�os de sa�de, diz Padilha

O Ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, afirmou na tarde desta quinta que o desabastecimento de insumos e medicamentos registrados em algumas unidades de sa�de do Pa�s n�o tem qualquer rela��o com a greve de funcion�rios da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), que j� dura quase 40 dias. "Constru�mos um fluxo priorit�rio para os medicamentos, insumos hospitalares e produtos de interesse de sa�de p�blica. Para esses produtos, o ritmo de libera��o das cargas tem se mantido no mesmo ritmo de antes da greve".

Entidades ligadas a servi�os de sa�de afirmam que produtos essenciais estariam sendo retidos em portos e aeroportos e n�o conseguiam libera��o em decorr�ncia da paralisa��o. O ministro afirmou que a Anvisa est� mantendo 70% de seu efetivo, e que foram adotadas medidas de conting�ncia, tais como a mudan�a de procedimentos internos, a celebra��o de conv�nios com �rg�os estaduais de vigil�ncia sanit�ria e o monitoramento di�rio de informa��es.

Padilha disse que os casos de atraso e desabastecimento que chegaram ao conhecimento do Minist�rio decorreram de fatores alheios � greve. "� inadmiss�vel que qualquer pessoa f�sica ou jur�dica venha alegar qualquer tipo de reten��o de cargas na Anvisa quando n�o cumpre os seus contratos, os seus compromissos de fornecimento de medicamentos."

Apesar dos argumentos apresentados pelo ministro, auditores e t�cnicos da Receita Federal afirmam que h� mercadorias paradas nos portos em fun��o da paralisa��o da categoria. Semanalmente, analistas e auditores tribut�rios suspendem as atividades administrativas e fazem opera��es padr�o nos portos e aeroportos. Somente cargas vivas, alimentos perec�veis e rem�dios est�o sendo liberados nas aduanas, segundo o sindicato.

"Fazemos paralisa��es de ter�a a quinta-feira. Nos demais dias, mesmo que quis�ssemos n�o temos estrutura log�stica para a libera��o de todos os produtos. Muitas cargas est�o nos armaz�ns", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindfisco) no Rio, Jo�o Abreu.

Al�m dos servidores da Receita, funcion�rios dos hospitais federais e m�dicos tamb�m realizaram um protesto na manh� desta quinta, com uma passeata pela Avenida Brasil. Uma pista da avenida ficou bloqueada por cerca de 2h, causando lentid�o no tr�nsito. Pol�cia Rodovi�ria Federal e a Pol�cia Federal tamb�m realizaram paralisa��es, reduzindo o efetivo para emiss�o de passaportes e documentos, e no atendimento a acidentes e fiscaliza��o das estradas federais.