
J� em rela��o a Marcos Val�rio e seus s�cios, o ministro Cezar Peluso acompanhou integralmente o relator da A��o, Joaquim Barbosa, e condenou os r�us por todos os crimes.
Sobre o recebimento do valor de R$ 50 mil, o ministro afirmou que o “r�u mentiu”. “A que se destinava o pagamento? Jo�o Paulo alega que era dinheiro do PT? A alega��o � absolutamente inveross�mil. O r�u mentiu sobre o recebimento no Conselho de �tica”, disse. Peluso ainda afirmou que Jo�o Paulo Cunha, pelo cargo que ocupava, n�o se tratava de pessoa ing�nua. “Jo�o Paulo Cunha era um pol�tico experimentado. Porque um pol�tico ing�nuo, sem nenhum traquejo pol�tico, jamais chega � presid�ncia da C�mara", enfatizou. Ainda segundo o ministro do Supremo, a postura de Marcos Val�rio com Cunha tinha segundas inten��es.
O ministro, que deu o quinto voto para condenar Jo�o Paulo, disse que n�o conhece nenhuma pessoa que, credor de uma d�vida, recebe recursos da forma como o parlamentar ganhou. A mulher de Jo�o Paulo, M�rcia Regina, � quem foi sacar os recursos em esp�cie em uma ag�ncia do Banco Rural, em Bras�lia. "A acusa��o n�o precisa fazer prova da exist�ncia de um comportamento il�cito porque isso se infere da experi�ncia que � um comportamento il�cito", ressaltou.
Sobre o crime de peculato, Peluso afirmou que durante o per�odo em quem a ag�ncia de Marcos Val�rio esteve � frente da publicidade da C�mara, os gastos sofreram o que ele chamou de “hipertrofia” e que ca�ram drasticamente ao final do contrato com ag�ncia mineira. “Houve uma hipertrofia das despesas da C�mara com a vit�ria da SMP&B. Ao final do contrato, os gastos com publicidade ca�ram de R$ 10 milh�es para R$ 65 mil”, relatou.
Penas
Antes de terminar seu voto nesta quarta-feira (29/8), o ministro Cezar Peluso prop�s no plen�rio do Supremo Tribunal Federal (STF) a pena para os r�us Jo�o Paulo Cunha, Marcos Val�rio, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e Henrique Pizzolato.
O ministro estabeleceu uma pena de seis anos e cem dias de reclus�o e para o ex-presidente da C�mara dos Deputados, al�m da perda do mandato eletivo. Para Marcos Val�rio, Peluso pediu uma pena de 16 anos e 240 dias. Para os s�cios de Val�rio, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach a pena � de dez anos e oito meses.
J� para o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, a pena � de oito anos e quatro meses. Pizzolato � acusado pelo Minist�rio P�blico de receber R$ 326 mil para beneficiar a DNA Propaganda, empresa de Val�rio.
Com informa��es de Diego Abreu e Ana Maria Campos