Medo de ren�ncia afasta eleitor fiel, admite Serra

O candidato Jos� Serra (PSDB) acusou nesse domingo advers�rios de fazerem campanha nos �nibus de S�o Paulo para dizer a passageiros que o tucano deixar� novamente a Prefeitura caso seja eleito. Ele afirmou n�o ter provas. “Mas que tem, tem”, disse. O tucano ainda afirmou que seus eleitores tradicionais t�m dito que n�o votar�o nele porque creem que ele n�o cumprir� o mandato. Segundo Serra, o tema “se espalhou, inclusive nos bairros onde a gente sempre ganha”.

“Tem muita gente que vota em mim que diz ‘eu gosto de voc�, mas voc� vai sair novamente para presidente, ent�o vou votar em outra pessoa. Se fosse para presidente, at� votaria em voc�’”, afirmou o candidato em um evento com a juventude tucana na zona sul de S�o Paulo. As mais recentes pesquisas de inten��o de votos mostram que, em um m�s, o tucano caiu da faixa dos 30% para a dos 20%.

Ataques. Sobre a suposta campanha nos coletivos paulistanos, o tucano declarou: “Tem advers�rios que t�m capilaridade suficiente para jogar gente em �nibus para dizer ‘o Serra vai largar, o Serra vai largar’”.

Questionado sobre quem estaria por tr�s da campanha, Serra respondeu: “outros interessados. N�o � apenas de uma candidatura n�o”. O tucano, por�m, frisou n�o ter provas do fato. “Como n�s n�o tiramos fotografia e n�o gravou, n�o d� pra documentar. N�o posso ir al�m de dizer que j� ouvi isso. Mas que tem, tem”.

O tucano pediu aos presentes que explicassem �s pessoas com d�vidas sobre as inten��es dele que desta vez cumprir� integralmente o mandato. “Quando decidi me candidatar a prefeito essa foi a op��o. Vou ganhar a prefeitura e governar durante todo o mandato”, declarou. Serra, no entanto, n�o escondeu que ainda cogita outros voos. “Se eu for muito bem, depois do mandato, quem sabe o que a vida vai reservar? Mas esses quatro anos a gente vai levar direitinho”.

O candidato sustentou que seu gesto de deixar a Prefeitura “de alguma forma foi aprovado”, e justificou a afirma��o dizendo que teve mais votos na capital quando concorreu ao governo do Estado em 2006 do que tivera na elei��o de 2004. “Estou me permitindo dizer essas coisas porque estamos numa batalha eleitoral”, justificou o candidato, que fez as declara��es ao final da conversa com a juventude tucana sem que tivesse sido perguntado sobre o assunto.