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Estado de Minas

Dire��o do PT dever� ficar sob os holofotes no julgamento do mensal�o

Na semana anterior ao primeiro turno e ao longo da segunda fase das campanhas municipais, agenda eleitoral coincidir� com o julgamento dos caciques petistas Dirceu, Del�bio e Genoino


postado em 10/09/2012 07:06

Os petistas fizeram as contas e descobriram que a c�pula do partido corre o risco de ficar sob os holofotes no julgamento da A��o Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) justamente no momento de escolha dos prefeitos ou, na pior das hip�teses, na passagem no segundo turno. "Achamos que isso vai interferir na elei��o, mas h� um sentimento no PT de que Jos� Dirceu e Jos� Genoino n�o ser�o responsabilizados, uma vez que Del�bio Soares assumiu a responsabilidade", diz o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que ontem participou de uma carreata do candidato petista Fernando Haddad em S�o Paulo.

Esta semana continuar� em evid�ncia a parte mais t�cnica e os r�us menos conhecidos, uma vez que estar� em alta a lavagem de dinheiro. Nos �ltimos 10 dias de campanha, come�a o julgamento dos pol�ticos (confira quadro acima), aumentando a ansiedade de um PT hoje dividido entre os mais otimistas, como Paulo Texeira, e os pessimistas, caso do pr�prio ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Pelo hist�rico do julgamento at� agora, os estrategistas do partido decidiram n�o contar apenas com a "sorte" da n�o condena��o de Genoino ou Dirceu para respirar melhor nesta temporada eleitoral. A ordem � separar as esta��es, tratar de deixar claro aos eleitores que os candidatos n�o t�m rela��o com o processo. "O PT tem hist�ria e n�o pode ser julgado apenas pela a��o penal. As pessoas que respondem ao processo t�m CPF e n�o CNPJ", comentou recentemente o secret�rio de Comunica��o do partido, Andr� Vargas (PR), quando sa�a de uma reuni�o da c�pula partid�ria sobre elei��es.

Essa avalia��o foi inclusive repetida na reuni�o entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff na semana passada. No n�cleo do PT, h� a convic��o de que a data do julgamento foi escolhida a dedo justamente para deixar o partido na berlinda durante as elei��es municipais. E, para completar, veio a vota��o fatiada do processo, que ajuda a colocar os petistas � beira do cadafalso na hora em que os eleitores estiverem atentos ao cen�rio pol�tico – algo que torna mais dif�cil separar as esta��es, especialmente, nas capitais, onde os advers�rios do PT come�am a citar o mensal�o.

Foco A orienta��o para esses casos � n�o perder muito tempo respondendo a ataques e centrar o foco nos problemas municipais em sa�de, educa��o, transporte e seguran�a. Em S�o Paulo, por exemplo, o programa de Fernando Haddad tem tratado dos temas de interesse direto para a vida das pessoas, al�m, � claro, de ataques enviesados a Jos� Serra (PSDB), ao citar um governo de quatro anos (Serra ficou apenas dois anos e largou a prefeitura para concorrer ao governo do estado, em 2006, quando Geraldo Alckmin foi candidato a presidente da Rep�blica).

O problema � que isso n�o tem servido para alavancar os candidatos do PT em outras capitais. A sensa��o da c�pula petista � de que o partido ter� melhor performance no interior, onde o notici�rio do mensal�o n�o tem o menor efeito, ou na periferia, onde os programas sociais, geralmente associados ao governo federal, surtem mais efeito na vida das pessoas.

"Tenho andado pela minha periferia de S�o Paulo. Essa hist�ria de mensal�o n�o tem o menor efeito. N�o tem plano A, B ou C. Vamos jogar com a massa que sabe que o Brasil melhorou, est� empregada, ganhando melhor. Vem a� a redu��o do pre�o da energia, ou seja, as coisas est�o funcionando e � isso que o eleitor deseja", comenta o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). "O PT sempre cresceu na adversidade. Esse julgamento agora, que � mais pol�tico do que t�cnico, � mais uma e estamos enfrentando de cabe�a erguida", completa Devanir.

Aus�ncia Diante de um cen�rio t�o dif�cil como o tra�ado nas �ltimas reuni�es dos r�us do processo e tamb�m da c�pula do PT, veio outra not�cia para deixar os petistas ainda mais preocupados: a crise de garganta de Lula, que impede o ex-presidente, rec�m-curado de um c�ncer, de participar dos com�cios petistas pelo Brasil afora. Lula � o que PT tem de mais eficaz no di�logo direto com o eleitor. Conquistou a Presid�ncia da Rep�blica em 2006, pouco depois do estouro do esc�ndalo do mensal�o. Sem Lula, o jeito ser� contar com a participa��o de Dilma em algumas capitais importantes, nem que seja apenas de passagem ainda no primeiro turno.

Quanto aos r�us do processo, a avalia��o do PT � a de que, desde a condena��o de Jo�o Paulo Cunha, eles est�o fora da cena eleitoral. E agora n�o � momento de manifesta��es p�blicas a respeito de resultados do julgamento. O foco do partido � a elei��o municipal e os problemas das cidades, e o mensal�o n�o � considerado uma dessas mazelas. Portanto, o partido far� tudo o que puder para deixar esse tema fora dos debates eleitorais. Falta combinar com os advers�rios.


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