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Estado de Minas

Dirceu � citado pela primeira vez no julgamento do mensal�o


postado em 11/09/2012 06:00 / atualizado em 11/09/2012 09:06

Ayres Britto (D), Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Barbosa e Lewandowski chegam ao Supremo: votação no item que trata de lavagem de dinheiro deverá continuar amanhã (foto: José Cruz/ABR)
Ayres Britto (D), Marco Aur�lio, Gilmar Mendes, Barbosa e Lewandowski chegam ao Supremo: vota��o no item que trata de lavagem de dinheiro dever� continuar amanh� (foto: Jos� Cruz/ABR)


Ao iniciar o julgamento do item 4 da den�ncia do mensal�o, o relator do processo, Joaquim Barbosa, incluiu pela primeira vez em seu voto o nome ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu. Embora as condutas apontadas contra o petista ainda n�o tenham sido apreciadas, ele foi citado pelos encontros que teve com outros r�us. Barbosa votou ontem pela condena��o de nove r�us pelo crime de lavagem de dinheiro, entre eles o empres�rio Marcos Val�rio, por 46 opera��es irregulares.

O relator mencionou uma reuni�o de Dirceu com a ex-presidente do Banco Rural K�tia Rabello, e leu trecho do depoimento no qual ela afirmou que Val�rio agiu como “intermedi�rio” entre a institui��o financeira e o ent�o ministro. A ex-executiva diz ter tratado na reuni�o da suspens�o da liquida��o do Banco Mercantil de Pernambuco. O ex-ministro-chefe da Casa Civil foi denunciado por forma��o de quadrilha, como o chefe do esquema, e corrup��o ativa. Ser� julgado nos itens seis e dois.

Joaquim Barbosa reafirmou ontem que os empr�stimos que beneficiaram as ag�ncias de Val�rio e o PT foram simulados e “sabidamente provenientes de crimes contra a administra��o p�blica”. Segundo ele, quase 2,5 mil notas fiscais falsas foram apresentadas para dar apar�ncia de legalidade �s opera��es. Barbosa condenou Val�rio e os ex-s�cios Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Rog�rio Tolentino; as ex-funcion�rias da SMP&B Geiza Dias e Simone Vasconcelos; e a ex-presidente do banco, o ex-executivo da institui��o Jos� Roberto Salgado e o atual vice-presidente Vin�cius Samarane. O relator absolveu apenas Ayanna Ten�rio, por entender que, depois de os colegas a terem considerada inocente na acusa��o de gest�o fraudulenta, n�o h� como conden�-la por lavagem.

De acordo com Joaquim Barbosa, h� in�meras contradi��es nos depoimentos de Marcos Val�rio. Segundo o ministro, o empres�rio mentiu sobre a destina��o das quantias referentes a empr�stimos. O ministro citou o depoimento do ex-tesoureiro de ag�ncia banc�ria em Bras�lia Jos� Francisco de Almeida R�go, que contou que a partir de 2003, ano em que teria sido iniciado o esquema do mensal�o no governo Lula, saques de R$ 100 mil nas contas das empresas de Val�rio ocorriam at� duas vezes por semana.

Por meio de nota, a institui��o financeira reafirmou que “seus executivos � �poca obedeceram � legisla��o e �s normas ent�o vigentes”. Segundo o banco, todos os saques em esp�cie iguais ou superiores a R$ 100 mil realizados pelas empresas SMP&B e DNA Propaganda foram comunicados �s autoridades.

Para Marcos Val�rio, o dia n�o foi apenas de derrotas. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o rejeitou, por unanimidade, uma outra den�ncia por lavagem de dinheiro contra o empres�rio e a mulher dele, Renilda Santiago, por opera��es no montante de R$ 2,9 milh�es entre o casal e a empresa de ambos, 2S Participa��es. O relator do processo foi o desembargador Tourinho Neto.


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