Ministros decidem que n�o haver� sess�o extra para o mensal�o

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que n�o haver� sess�o extra para julgar a a��o penal 470, conhecida como mensal�o. O assunto entrou em pauta porque a Corte concluiu em pouco mais de um m�s somente dois dos sete cap�tulos da den�ncia e o relator Joaquim Barbosa pediu provid�ncias para acelerar o processo.

Havia uma hip�tese para realizar as sess�es nas manh�s das quartas-feiras, mas os ministros decidiram voltar atr�s. Segundo Ricardo Lewansowski,o STF preferiu por acelerar o julgamento nas sess�es j� marcadas. O presidente Ayres Britto afirmou que houve consenso entre os ministros, mas n�o descartou que o tema volte a ser debatido.

Nesta quarta-feira, os ministros est�o votando sobre o item quatro da den�ncia, que trata do crime de lavagem de dinheiro. O t�pico fala da oculta��o ou dissimula��o da natureza do dinheiro proveniente de crime contra a organiza��o p�blica. Nele, a Corte analisa crimes cometidos pelas empresas de Marcos Val�rio, com apoio de dirigentes Banco Rural, para dissimular pagamentos de propinas a pol�ticos em troca de apoio no Congresso.

Segundo a acusa��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF), os r�us do n�cleo financeiro e do n�cleo publicit�rio se uniram para montar um "sofisticado mecanismo de branqueamento de capitais", que permitia a distribui��o de dinheiro do chamado mensal�o sem deixar vest�gios.

O MPF diz que o esquema entre o Banco Rural e o grupo do publicit�rio Marcos Val�rio come�ou ainda em 1998, durante a campanha para o governo de Minas Gerais, o que foi chamado de "mensal�o mineiro". O esquema consistia na emiss�o de cheques pelas empresas do publicit�rio Marcos Val�rio para pagar supostos fornecedores, quando, na verdade, os valores iam para as m�os de pol�ticos.