
Para Joaquim Bartbosa, Marcos Val�rio, al�m de seus s�cios, foram as principais pe�as para que o esquema se tornasse execut�vel. Cabia a eles, sob o comando de Del�bio Soares o repasse do montante. “Marcos Val�rio foi o elo entre todos esses parlamentares e o PT, representado na pessoa de Del�bio Soares, que decidia quem receberia os pagamentos”, afirmou. Ainda conforme o ministro, os envolvidos recebiam recursos em esp�cie o que seriam mais um ind�cio da exist�ncia do ato il�cito. “A forma de pagamento foi comprovada, entrega de dinheiro em esp�cie por Marcos Val�rio e sua estrutura”.
Durante seu voto, Barbosa citou a vota��o da reforma da Previd�ncia como exemplo de vota��o que teria tido o apoio dos parlamentares comprado. Ele ressaltou que a vota��o ocorreram na �poca em que os pagamentos teriam ocorrido.
Com base em depoimentos, Barbosa lembrou que o PP apoiou, na elei��o que sagrou o ex-presidente Luiz In�cio da Silva vitorioso, o ent�o candidato do PSDB, Jos� Serra. O relator disse que a ida do PP para a base do governo se consumou a partir de meados do ano de 2003, com o pagamento do mensal�o.
Barbosa se valeu de depoimentos de integrantes do pr�prio PP, como o ex-l�der Jos� Janene (PR), j� falecido, que admitiu que a c�pula do seu partido firmou um acordo de "coopera��o financeira" com os dirigentes do PT. O partido recebeu R$ 4,1 milh�es do esquema operado pelo publicit�rio Marcos Val�rio. "N�o havia qualquer raz�o para esse aux�lio do PT ao PP, sen�o o fato de ter aderido � base do governo em meados de 2003", ressaltou o relator.
O ministro disse que, mesmo tendo recebido "recursos volumosos" do PT nos dois primeiros anos do governo Lula, o PP praticamente n�o firmou alian�as com os petistas nas alian�as municipais. O relator chegou a citar o depoimento de um ex-deputado do PP Vad�o Gomes, que chegou a mencionar que havia "not�ria incompatibilidade ideol�gica" entre os partidos.
"Apesar dessa incompatibilidade, o r�u Pedro Henry (ent�o l�der do partido) conduziu o voto de sua bancada favoravelmente �s pretens�es dos corruptores", destacou Barbosa, ao ressaltar que, al�m de Henry, o ent�o presidente do partido, Pedro Corr�a, e Jos� Janene participaram do esquema de recebimento de recursos.
Com Ag�ncia Estado