Pela segunda vez nesta quarta-feira , o presidente do Senado Jos� Sarney (PMDB-AP), foi ao posto m�dico dos senadores fazer um curativo num ferimento perto da boca e n�o para pegar um "band-aid", como ele tinha informado no in�cio da tarde. Acompanhado por uma comitiva de oito pessoas, Sarney saiu do posto, meia hora depois, reclamando da interpreta��o dada � sua frase dita mais cedo de que era "filho de pobre". "Voc�s n�o entenderam que filho de pobre no Nordeste, a gente diz quando � uma pessoa simples", explicou.
Na primeira ida ao posto m�dico, por volta das 13 horas, Sarney se identificou hoje como sendo "filho de pobre", ao justificar o fato de ir pessoalmente ao servi�o m�dico dos senadores para pegar o "band-aid" que disse necessitar para proteger o corte perto da boca provocado, segundo ele, pelo aparelho de barbear. "Fazendo a barba pela manh�, eu me cortei, a� vim pegar um....", justificou, exibindo o curativo que trazia na m�o. Sete assessores o acompanhavam. Nas duas vezes, o presidente entrou sozinho no consult�rio.
Questionado por que n�o pediu o esparadrapo sem sair do gabinete Sarney alegou que fez o que teve vontade. "Eu gosto de fazer isso eu mesmo, eu nasci assim, eu gosto de fazer essas coisas, sou filho de pobre", justificou. Pai do senador, Sarney de Araujo Costa era promotor e, ao que se sabe, gozava de uma situa��o privilegiada no Maranh�o.
