O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, e o decano da corte, Celso de Mello, descartaram em plen�rio a tese de que o esquema do mensal�o se resumiu a caixa dois de campanhas eleitorais. Os dois manifestaram esta posi��o em apartes durante o voto de Luiz Fux, que j� se posicionou no sentido de entender o sistema na forma como feita a acusa��o, como compra de votos no Congresso Nacional.
Retomando a palavra, Fux afirmou que houve pr�tica de corrup��o, ainda que o dinheiro dado para a compra de apoio pol�tico tenha sido destinado a financiamento eleitoral. Foi a vez do decano complementar. "O delito de corrup��o passiva � de mera conduta, consuma��o antecipada e que se consolida na aceita��o ou solicita��o por parte do agente p�blico que pode praticar ato na sua esfera. No �mbito do parlamento, o ato de of�cio por excel�ncia do congressista � o h�bito de votar, ainda que de acordo com seu partido".
Concluindo o debate, Fux afirmou que o relator, Joaquim Barbosa, deixou comprovada a pr�tica de compra de votos. "O voto do relator comprovou a contemporaneidade dos atos de corrup��o com as delibera��es de of�cio perpetradas pelos parlamentares".