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Estado de Minas

Ex-presidentes do Brasil e do Peru veem retrocesso no continente


postado em 16/10/2012 10:07

A experi�ncia direta do poder e o bom humor por j� t�-lo deixado fizeram nessa segunda-feira dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, e Alan Garcia, do Peru, as estrelas do que foi, talvez, o mais contundente - e, �s vezes, divertido - painel da Assembleia da SIP, at� aqui. “O que se v� � um ressurgimento do pensamento contr�rio � democracia”, resumiu FHC sobre a regi�o, na qual v� “um retrocesso” nas crescentes press�es contra a imprensa.

Em outra defini��o sobre esse processo, Garcia afirmou: “Pod�amos dizer que a democracia aparente, que � ganhar as elei��es, n�o � mais suficiente para definir os valores democr�ticos, e nem a separa��o - aparente - dos poderes. A liberdade de express�o � que �, agora, o term�metro para medir o que � democracia.”

Os dois foram apresentados por Robert Civita, do Grupo Abril - que, de sa�da, advertiu: “A liberdade de imprensa n�o � um fim em si, � para garantir a liberdade da sociedade”. Por uma hora e meia, �s vezes interrompidos por aplausos, Garcia e Cardoso alternaram avalia��es hist�ricas sobre o continente, brincadeiras e cr�ticas ao autoritarismo.

FHC disse, por exemplo, n�o entender o espanto do Pa�s ao ver institui��es funcionando: “H� liberdade, elei��es, h� um Minist�rio P�blico investigando e at� um Supremo Tribunal Federal julgando. O que h� de espantoso? Deviam achar normal!”

Garcia denunciou o “estatismo comunicacional” e ironizou a “nova estrat�gia de grupos autorit�rios, que, depois de atacar pol�ticos ou o liberalismo, agora atacam a imprensa”. Sobre tentativas de regular o fluxo de informa��es na sociedade, questionou: “Como regular o que se regula a si mesmo? Como regular o ar?” E sugeriu que se mude o conceito de “Homo sapiens” para “Homo comunicante”. Depois, parodiando Ren� Descartes, lan�ou o “Comunico, logo existo”.

Provocado a falar do conflito que envolve a Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, FHC criticou governos bolivarianos que tentam mudar suas regras: “Os governos t�m de entender que a fiscaliza��o do que diz respeito aos direitos universais n�o pode ser fechada”. A prop�sito, afirmou que a prega��o democr�tica diminuiu no continente, “como se a democracia j� estivesse consolidada e como se o progresso econ�mico trouxesse a democracia - e isso n�o � necessariamente assim”.


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