
Uma das grandes vitoriosas nas urnas com a elei��o de Gustavo Fruet (PDT) para a Prefeitura de Curitiba, a chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, permanecer� na Esplanada at� 2014, quando deve retomar o mandato de senadora para concorrer ao governo do Paran� contra o tucano Beto Richa. Ela deixar� o governo com o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, nome cada vez mais forte no PT para concorrer ao governo de S�o Paulo. As chances dele aumentaram ap�s a vit�ria de Fernando Haddad para a prefeitura paulistana.
A ades�o do PSD ao governo, apesar de ser um desejo da presidente, ainda precisa ser mais bem articulada. N�o existe uma pasta na Esplanada pronta para receber o partido de Kassab. Pelos corredores palacianos especula-se que a legenda poderia ocupar o ainda inexistente Minist�rio da Micro e Pequena Empresa. Tr�s nomes s�o cotados para indica��o por Kassab: o vice-governador de S�o Paulo, Guilherme Afif Domingos; o presidente da Confedera��o Brasileira da Ind�stria da Constru��o, Paulo Safady Sim�o; e a senadora K�tia Abreu (PSD-TO).
Nenhum dos tr�s nomes � de f�cil viabiliza��o. Afif � o vice do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin. Ele sempre defendeu a manuten��o da alian�a com o PSDB, mas Kassab j� avisou que essa parceria n�o se repetir� em 2014. O prefeito demonstrou seu descontentamento com o uso da m�quina estadual em Ribeir�o Preto para tentar eleger o deputado Duarte Nogueira (PSDB) contra a pessedista D�rcy Vera, que saiu vitoriosa. Kassab afirmou que o PSD estar� ao lado do PT em 2014 na disputa pelo Pal�cio dos Bandeirantes.
Reaproxima��o
A senadora K�tia Abreu (PSD-TO) � amiga de Dilma, mas exp�s uma diverg�ncia com Kassab ao criticar a interven��o do diret�rio nacional do partido a favor da candidatura de Patrus Ananias (PT-MG) em Belo Horizonte. Mesmo que esse epis�dio seja superado com a reaproxima��o entre a senadora e o presidente do PSD, ela ainda ter� que renovar o mandato em 2014, o que faria com que permanecesse na Esplanada pouco mais de um ano. “Quando Dilma escolhe um ministro, n�o escolhe para ser tempor�rio, escolhe para resolver os problemas”, disse ao Estado de Minas um assessor palaciano.
Safady Sim�o tamb�m � pr�ximo da presidente, especialmente pela atua��o no Minha Casa, Minha Vida. Mas como a inten��o do Planalto � compensar o partido pelo “bom comportamento”, a tend�ncia � de escolha de algu�m mais pol�tico.
O p�s-elei��o tamb�m mant�m o pranto e ranger de dentes de aliados insatisfeitos. Tanto o PMDB quanto o PT mineiro querem ser recompensados, apesar da derrota para o PSB de Marcio Lacerda. Existe uma boa vontade com Patrus, mas precisaria ser criado um espa�o para ele. Patrus n�o sofreria vetos de Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, j� que Dilma selou uma paz entre ambos, promovendo a candidatura de Patrus a prefeito de Belo Horizonte e amarrando com a candidatura de Pimentel ao governo de Minas em 2014.
Enquanto isso, trocas no Congresso
As elei��es municipais v�o provocar uma reacomoda��o de for�as no Congresso. Em fevereiro ser�o eleitas as mesas diretoras da C�mara e do Senado, que devem ficar nas m�os do PMDB, com Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL), respectivamente. A presidente Dilma Rousseff promover� mudan�as nas lideran�as do governo. Na C�mara, o petista Arlindo Chinaglia (SP) deu sinais de cansa�o. Como quer voltar a ser presidente da Casa, tem dito a interlocutores ser muito dif�cil ser l�der do governo Dilma e dizer n�o o tempo todo a “poss�veis futuros eleitores”. No Congresso, a avalia��o � de que o senador Jos� Pimentel (PT-CE) � fraco. Como o governo perdeu o vice-l�der no Congresso, deputado Gilmar Machado (PT-MG), eleito para a Prefeitura de Uberl�ndia, existe a necessidade de indica��o de nomes com mais peso para as duas vagas.