O PSDB precisa, daqui por diante, de “um discurso convincente, afim com os problemas atuais do Pa�s”. Mas esse novo discurso n�o significa que o partido deva necessariamente sair � cata de nomes novos. “Juventude, em si, n�o produz ideias novas”, adverte. “O mais importante s�o as ideias, n�o necessariamente novas mas renovadas para fazer frente �s conjunturas.”
As declara��es do ex-presidente se seguem �s do candidato derrotado Jos� Serra, segundo o qual falar em mudan�as no PSDB seria um modo de se submeter � estrat�gia do PT. Antes dessa fala de Serra, FHC havia dito que o momento “� de mudan�a de gera��es”, mas “isso n�o quer dizer que os antigos l�deres v�o desaparecer, eles t�m de empurrar os novos para a frente”.
FHC discorda de v�rias an�lises feitas sobre o futuro do partido. Uma delas � que o PSDB paga o pre�o por ser uma sigla muito “paulista”. "O partido nunca esteve concentrado apenas em S�o Paulo. N�o se esque�a de que ele governa tamb�m Minas e o Paran�, al�m de Goi�s, Alagoas, Tocantins e Roraima. E agora ganhou nas principais capitais do Norte, Bel�m e Manaus, e em algumas do Nordeste", elenca.
Perguntado se o seu partido paga o pre�o de n�o ter reagido no passado, abrindo a possibilidade de o PT "roubar" sua mensagem, o ex-presidente reconhece que o PSDB "poderia ter sido mais en�rgico na defesa do que fez e em desmascarar a apropria��o ind�bita e a propaganda enganosa". "Mas �guas passadas n�o movem moinhos", comenta.