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Estado de Minas VEREADOR POR UMA MIGALHA

Candidatos eleitos em pequenas cidades precisaram de menos de 60 votos

Numa campanha s� de boca a boca, alguns sequer distribu�ram santinhos


postado em 04/11/2012 07:47 / atualizado em 04/11/2012 08:02

Enquanto candidatos de grandes cidades investiram mundos e fundos nas campanhas e se empenharam por meses na busca pela confian�a de milhares de eleitores, em alguns munic�pios pequenos de Minas Gerais, alguns dos que conseguiram uma vaga de vereador n�o alteraram sua rotina. Tamb�m pudera: precisaram de menos de 60 votos para ser eleitos. Em Passa Vinte, no Sul do estado, Leonardo Mec�nico (PSL), dono da �nica oficina automotiva da cidade, ocupar� uma cadeira na C�mara Municipal gra�as a 45 eleitores. Ele � o vereador eleito com menos votos no estado. “Resolvi me candidatar porque gosto de pol�tica. Sou muito grato ao povo de Passa Vinte, n�o importa a quantidade de votos que eu tive, vou trabalhar para todos. Serei um vereador como os outros eleitos”, assegurou.

Como ele, muitos outros candidatos do interior passaram os tr�s meses de campanha trabalhando em seus neg�cios, se dedicando a fazer campanha apenas nos momentos de conversa com vizinhos, amigos e familiares e em visitas a casas de compadres e comadres, confiando no boca a boca dos simpatizantes. O lavador de carros e frentista Chiquinho do Peroba (PRB), por exemplo, conquistou votos dividindo seu tempo entre o posto de gasolina em que trabalha e algumas visitas a conhecidos. “Gastamos dinheiro s� com combust�vel mesmo. Ganhei panfletos do partido e visitei algumas comunidades rurais. Minha fam�lia � de Jos� Bonif�cio e a da minha mulher � de Paiva Reis. Meus votos vieram desses dois distritos”, conta. Ele promete que vai continuar trabalhando no posto de gasolina mesmo depois de empossado.

Em Santo Ant�nio do Rio Abaixo, na Regi�o Central, o comerciante Toninho do Zaqueu (PP) se elegeu para o quinto mandato como vereador com 54 votos. Ele garante n�o ter gastado dinheiro na campanha. “Entreguei 60 santinhos s�. Os outros que o partido fez para mim est�o aqui em casa ainda. N�o pe�o voto para quem n�o vai votar em mim e n�o distribuo panfletos na rua, n�o gosto de sujar”, argumentou. J� Get�nio (DEM), de Cedro do Abaet�, Regi�o Central, foi eleito para o segundo mandato com 53 votos. O comerciante ressalta que sua cidade � muito pequena, “s�o 400 fam�lias”, por isso a campanha � feita entre amigos e conhecidos. “Nem por isso � f�cil se eleger”, ponderou. Cinco de seus primos foram candidatos e um deles, Carlito (PSDB), foi eleito com 11 votos a mais que ele. “Minha fam�lia ficou um pouco dividida”, brinca.

Outro que n�o levou todos os votos dos parentes foi Osair (PP), de Passabem, Regi�o Central. Mesmo assim, com 58 votos, ele ser� empossado para o quinto mandato na C�mara. “Essa coisa de partido � complicada, sabe? At� na minha fam�lia eu perdi alguns votos”, comentou. O vereador conta que fez sua campanha rodando de bicicleta pela zona rural, pois n�o tinha dinheiro para combust�vel.

Compara��o Apesar de poucos votos em n�meros absolutos, proporcionalmente os vereadores eleitos em cidades pequenas foram bem votados. Enquanto o mais votado de Belo Horizonte, Bispo Fernando Luiz (PSB) – com 11.950 votos –, obteve 0,95% do total de votos v�lidos da capital, o menos votado do estado, Leonardo Mec�nico – com 45 –, teve 2,41% dos votos de sua cidade.


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