Nessa ter�a-feira, em jantar oferecido pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), senadores do PMDB, PSDB, PDT e PSOL deram in�cio � ofensiva para impedir a elei��o do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) � presid�ncia do Senado. Alegam que o retorno de Renan ao cargo est� sendo tratado de forma fechada, � revelia da maior parte dos parlamentares e sem nenhum tipo de debate. "O prato j� chegou feito", comparou o senador Luiz Henrique (PMDB-SC). "H� consenso de que o presidente deve sair do PMDB, mas precisamos discutir n�o s� o nome, mas tamb�m o programa", disse.
Reeleito presidente do Senado, Renan Calheiros renunciou ao cargo em dezembro de 2007, em meio a intenso bombardeio de den�ncias de improbidade administrativa. Os aliados do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva rejeitaram no plen�rio o pedido de cassa��o de seu mandato.
O novo presidente assumir� o cargo em 2 de fevereiro. Renan entende que o processo da sucess�o s� deve come�ar em 2013, sob pena de cometerem "um ato de deseleg�ncia para com o presidente Sarney". "N�o podemos abrir espa�o para ansiedade, a ansiedade se cura com rem�dio e terapia", justificou. Diz ainda que, como l�der, tem de manter a unidade do partido.
Ele costuma negar a aspira��o de reassumir a presid�ncia do Senado, dizendo optar pela candidatura ao governo de Alagoas. � certo que Sarney, seu maior cabo eleitoral, nem pensa em avalizar outro nome para suced�-lo. Da parte dos servidores do Senado h� a convic��o de que, assumindo Renan, Sarney manter� o controle da administra��o da Casa.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que saiu do jantar convencido de que h� espa�o para ser lan�ada uma candidatura alternativa ao comando do Senado, se Renan for o �nico candidato. "A trajet�ria do senador Renan e a minha s�o incompat�veis, n�o existe a possibilidade de eu destinar meu voto para ele", afirmou.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) d� como certo que o sucessor de Sarney ser� do PMDB. "Se o partido apresentar um candidato que atenda �s expectativas da oposi��o e dos senadores independentes n�o haver� obstru��o, mas se insistir no nome errado, teremos de buscar uma alternativa", avisou.
O peemdebista Ricardo Ferra�o (ES) evita comentar o desconforto provocado pelo nome do colega, mas insiste na necessidade de ser escolhido um presidente que tenha um "projeto novo" para o Senado. Ferra�o argumenta que o nome n�o significa nada, mas sim o programa que assegure o melhor funcionamento do Senado, hoje limitado a ter uma "participa��o acess�ria nas decis�es do Pa�s".