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Estado de Minas

Prefeitos itinerantes planejam conquistar mandato para se perpetuarem no poder

Proibidos pelo Supremo de pular de cidade em cidade para se perpetuar no poder, prefeitos saem de cena, mas planejam disputar uma vaga no Legislativo federal ou estadual em 2014


postado em 19/11/2012 07:23 / atualizado em 19/11/2012 07:54

Um fim de carreira para comemorar, e outro melanc�lico para os dois mais famosos prefeitos itinerantes de Minas Gerais. Depois de colocarem nos curr�culos a administra��o de duas cidades, o prefeito de Pirapora, Warmillon Braga (DEM), que tamb�m governou Lagoa dos Patos, e o de Diamantina, Padre G� (PMDB), que foi eleito ainda em Tr�s Marias, concluem mandatos em dezembro impedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de repetir a fa�anha, mas planejando briga por outros cargos.

O recordista de mandatos consecutivos como prefeito � Warmillon. Antes de oito anos no comando de Pirapora, Regi�o Norte de Minas, venceu duas elei��es na vizinha Lagoa dos Patos, a 60 quil�metros da cidade que hoje governa. “Agora vou cuidar da minha fam�lia”, diz o prefeito. Em seguida, por�m, conta que quer mesmo � ser deputado federal. A elei��o acontece em outubro de 2014. “J� estou trabalhando em 67 munic�pios da minha regi�o”, afirma.

Warmillon, que elegeu o sucessor em Pirapora, Heleomar Silveira (PSB), � acusado pelo Minist�rio P�blico estadual de desvio de dinheiro p�blico, enriquecimento il�cito e, na hip�tese de vencer a disputa para a C�mara dos Deputados, ganharia mais tempo at� a conclus�o dos processos, j� que a inst�ncia para crimes de parlamentares, beneficiados pelo foro privilegiado, � o STF. Ao todo, Warmillon, que � empres�rio do setor agr�cola, responde a 85 a��es na Justi�a.

Destino diferente teve Padre G�, que governou Tr�s Marias, na Regi�o Central de Minas, por quatro anos (2001-2004), e encerra em dezembro outros quatro anos de mandato em Diamantina (2009-2012), no Vale do Jequitinhonha. O prefeito tentou a reelei��o, mas perdeu a disputa para Paulo C�lio de Almeida Hugo (PSDB). A dist�ncia entre as duas cidades � de 258 quil�metros. “N�o sei o que o futuro nos aguarda, mas penso em disputar vaga na Assembleia Legislativa”, diz o prefeito de Diamantina, que j� n�o celebra missas e entrou com processo no Vaticano para abandonar as fun��es religiosas.

A proibi��o para que prefeitos se candidatassem a novo mandato em outra cidade foi votada pelo STF em 2 de agosto de 2012. A Corte decidiu que candidatos reeleitos em um munic�pio n�o podem disputar pela terceira vez o cargo no mesmo estado, ainda que em cidade distante daquela em que exerceu, por duas vezes consecutivas, a chefia do Executivo. O primeiro questionamento � Justi�a contra os prefeitos itinerantes foi feito pela procuradora da Rep�blica em Alagoas Niedja Kaspary, em 2008. O entendimento era que a pr�tica � inconstitucional, por possibilitar mais de dois mandatos consecutivos.

URNAS E NAMORADAS
O prefeito eleito de Biquinhas, na Regi�o Central de Minas, pode n�o assumir o cargo tamb�m por ter ficado tempo superior ao permitido por lei n�o no poder, mas ao lado de quem o exercia. Arisleu Ferreira Pires (PSDB) governou a cidade de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004. Hoje, a prefeita, que passaria o comando ao candidato vencedor, � Valqu�ria da Silva (PSDB), que seria a mulher de Arisleu. O casal tenta se desvencilhar da “acusa��o”. Afirmam serem apenas namorados. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que os dois t�m um relacionamento est�vel.

A decis�o foi sustentada pelo par�grafo 7º do artigo 14 da Constitui��o Federal, que diz: “S�o ineleg�veis, no territ�rio de jurisdi��o do titular, o c�njuge e os parentes consangu�neos ou afins, at� o segundo grau ou por ado��o, do presidente da Rep�blica, de governador de estado ou do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substitu�do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j� titular de mandato eletivo e candidato � reelei��o”. Cabe recurso da decis�o, mas, ao menos por enquanto, pelo entendimento do TSE, uma nova elei��o dever� ser realizada na cidade, j� que Arisleu teve mais que 50% dos votos v�lidos.


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