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Estado de Minas

Cachoeira ganha o direito de recorrer em liberdade ap�s 265 dias de pris�o

Ju�za de Bras�lia condena o contraventor a cinco anos de cadeia, mas lhe d� o direito de recorrer em liberdade. Solto, ele viajou para Goi�nia, para se encontrar com os filhos


postado em 21/11/2012 10:14

O bicheiro (E) deixa a Papuda, na madrugada desta quarta-feira: segundo a mulher, o casal seguiria direto para Goiânia(foto: Viola Júnior/Esp. CB/DA Press)
O bicheiro (E) deixa a Papuda, na madrugada desta quarta-feira: segundo a mulher, o casal seguiria direto para Goi�nia (foto: Viola J�nior/Esp. CB/DA Press)

Bras�lia – Depois de quase nove meses atr�s das grades, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi colocado ontem em liberdade. Ele deixou a Penitenci�ria da Papuda �s 0h5, sem conversar com os jornalistas e seguiu direto para Goi�nia, onde se encontraria com os tr�s filhos, de 9, 11 e 12 anos, que ele n�o via desde a pris�o, em 29 de fevereiro. Com a conclus�o da instru��o do processo da Opera��o Saint-Michel referente a um esquema montado no Distrito Federal para abocanhar um milion�rio contrato de bilhetagem eletr�nica no transporte p�blico, a ju�za Ana Cl�udia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Bras�lia, considerou que o bicheiro n�o tem mais como influenciar testemunhas e atrapalhar a coleta de provas.

“A Justi�a come�ou a ser feita. A defesa est� convicta de que ele n�o cometeu os crimes que lhe foram imputados. Vamos recorrer e, como ele j� cumpriu mais de seis meses de pris�o, n�o ficaria nem no regime semiaberto, mas no aberto”, disse o advogado de Cachoeira, Nabor Bulh�es, momentos antes de o cliente deixar a Papuda.

O alvar� de soltura foi expedido no dia em que a magistrada condenou o bicheiro a cinco anos de pris�o em regime semiaberto, al�m do pagamento de multa correspondente a R$ 155,5 mil pelos crimes de forma��o de quadrilha e tr�fico de influ�ncia. � a primeira senten�a contra Cachoeira desde que vieram � tona, em fevereiro, com a Opera��o Monte Carlo, as den�ncias de que o contraventor liderava uma m�fia em Goi�s e no Entorno do Distrito Federal, com ramifica��es no poder p�blico, o que motivou a abertura de CPI no Congresso.

Na senten�a, a ju�za acatou os fundamentos e os elementos de prova compartilhados pelo Minist�rio P�blico Federal com os promotores de Justi�a do N�cleo de Combate �s Organiza��es Criminosas (NCOC) do Minist�rio P�blico do DF. Escutas telef�nicas feitas pela Pol�cia Federal (PF) revelaram um intenso movimento de Cachoeira para conseguir o contrato do DFTrans para terceriza��o da explora��o da opera��o do transporte p�blico por meio de um sistema sofisticado de inform�tica. Cachoeira queria entregar o neg�cio, de cerca de R$ 60 milh�es por m�s, para a Delta Constru��es, empresa que havia conseguido entrar no DF por meio de contrato de limpeza p�blica hoje considerado ilegal e extinto. Dois ex-diretores da Delta, Cl�udio Abreu, respons�vel pelo Centro-Oeste, e Heraldo Puccini Neto, gerente em S�o Paulo, tamb�m foram condenados a cinco anos de pris�o por forma��o de quadrilha e tr�fico de influ�ncia.

A senten�a abrange ainda o ex-servidor da Secretaria de Planejamento Valdir Reis, o contato da quadrilha com o governo do Distrito Federal. A quebra do sigilo banc�rio mostrou que Reis recebeu pelo menos R$ 80 mil como pagamento pela intermedia��o de encontros entre o grupo de Cachoeira e integrantes do Executivo local, entre os quais o secret�rio de Transportes, Jos� Valter Wasquez, testemunha no processo. Segundo a Justi�a, Reis recebeu pagamentos por meio de empresas laranjas do esquema, como a Adecio & Rafael, abastecida com recursos da Delta nacional. No computador dele, promotores de Justi�a do DF encontraram, durante busca e apreens�o da Opera��o Saint-Michel, o projeto b�sico do sistema de bilhetagem que teria sido elaborado pelo grupo de Cachoeira. O ex-servidor mantinha um tr�nsito t�o f�cil no anexo do Pal�cio do Buriti que ele ainda ostentava um crach� de funcion�rio p�blico do GDF.

Relat�rio paralelo

Insatisfeitos com o resultado da CPI do Cachoeira, quatro parlamentares v�o protocolar hoje, na Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), um relat�rio paralelo. Al�m do indiciamento do governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), j� sugerido no texto que o relator Odair Cunha (PT-MG) ler� hoje, o documento pedir� o enquadramento dos governadores do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral (PMDB), e do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).


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