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Estado de Minas

Artistas destacam simbolismo da chegada de um negro � presid�ncia do STF


postado em 22/11/2012 20:02

Bras�lia - V�rios artistas estiveram nesta quinta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar a cerim�nia de posse do novo presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, primeiro negro a comandar a Suprema Corte. Os atores L�zaro Ramos, Milton Gon�alves e Luc�lia Santos, al�m da apresentadora Regina Cas�, do sambista Martinho da Vila e do cantor Djavan, se juntaram � plateia de autoridades e parentes do ministro para acompanhar a cerim�nia.

“Acho que ele � um s�mbolo para v�rias coisas”, disse Regina Cas�, ap�s a cerim�nia. “A posse de um ministro negro mostra que o melhor caminho para se fazer justi�a � a educa��o. O que a gente precisa � de igualdade na educa��o”, definiu a apresentadora.

Assim como ela, o sambista Martinho da Vila tamb�m considerou a posse de Joaquim Barbosa simb�lica. Para ele, trata-se de “um grande passo para a diminui��o dos preconceitos”. Martinho da Vila, no entanto, preferiu exaltar a compet�ncia do ministro para ter chegado � presid�ncia do STF. “O importante � que Joaquim est� l� n�o por ser negro ou por ser pobre, mas por sua capacidade”, disse o sambista.

A atriz Luc�lia Santos, que interpretou uma escrava branca na novela Escrava Isaura, que foi exibida pela TV Globo de 1976 a 1977 com base no livro de Bernardo Guimar�es, disse que desde aquela �poca j� imaginava que um dia poderia ver um presidente negro em um dos Poderes da Rep�blica. Ela elogiou a postura e o trabalho de Joaquim Barbosa e disse estar alegre por ter participado da cerim�nia de posse. “Por tudo o que ele vem fazendo, por todo o trabalho dele, � uma honra estar aqui hoje”, disse.

Barbosa � bastante ligado a quest�es raciais e faz refer�ncias ao assunto em discursos, votos e conversas. Veio de uma fam�lia simples de Paracatu, em Minas Gerais, e ocupou v�rios postos at� ser convidado pelo ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva para integrar o STF em 2003, �poca em que atuava como procurador no Rio de Janeiro. No discurso de posse, ele criticou a Justi�a desigual e disse que “de nada valem as edifica��es suntuosas, os sistemas de comunica��o e informa��o, se naquilo que � essencial a Justi�a falha porque � prestada tardiamente e porque presta um servi�o que n�o � imediatamente fru�vel”.


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