Paulo Vieira, apontado como chefe da organiza��o desarticulada pela Opera��o Porto Seguro, pretendia se candidatar a deputado federal pelo PT. Informa��es reproduzidas nos relat�rios de intelig�ncia da Pol�cia Federal indicam que a campanha seria financiada por empresas favorecidas pelo esquema de compra de pareceres t�cnicos de �rg�os p�blicos.
Diretor afastado da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), Vieira declarou a inten��o de disputar uma vaga na C�mara a pelo menos quatro pessoas que tiveram di�logos grampeados pela opera��o - entre elas, a ex-chefe de gabinete da Presid�ncia em S�o Paulo Rosemary Noronha. Ele se filiou ao PT em 2003 em Gavi�o Peixoto (SP).
As investiga��es da Porto Seguro revelaram que Vieira teria oferecido R$ 300 mil para que Cyonil produzisse um parecer favor�vel � ocupa��o de �reas do Porto de Santos pela Tecondi.
Di�logos sobre as pretens�es eleitorais de Vieira foram captados em tr�s telefonemas interceptados pelos investigadores em abril e maio de 2012.
A PF apura o enriquecimento il�cito dos integrantes do esquema e decidiu rastrear a evolu��o patrimonial dos investigados. O inqu�rito aponta que Vieira seria o dono de apartamentos e de carros registrados em nome de parentes e funcion�rios.
Em nota, Vieira informou que todo o seu patrim�nio est� declarado ao Imposto de Renda. Ele assinala que, como servidor p�blico, apresenta c�pia da declara��o de bens e rendas � reparti��o que integra. O texto n�o menciona os planos eleitorais de Vieira.
Advogado da Tecondi, o criminalista Jos� Lu�s Oliveira Lima afirmou que a empresa foi incorporada em julho por outra firma e que atos eventualmente praticados antes dessa data n�o poderiam ser respondidos pela atual gest�o.
Advogado de C�sar Floriano, s�cio da Tecondi � �poca da suposta negocia��o de financiamento da candidatura de Vieira, Alberto Zacharias Toron afirmou que desconhece “absolutamente” o assunto.
