Bras�lia - O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse que o inqu�rito da Pol�cia Federal relativo � Opera��o Porto Seguro n�o aponta para atua��o da quadrilha investigada “no seio” da Presid�ncia da Rep�blica, mas disse que entende que o fato esteja sendo usado politicamente pela oposi��o.
“N�o � resultado da investiga��o que a quadrilha esteja no seio da Presid�ncia da Rep�blica. Claro que no campo pol�tico acabe sendo colocado [argumentado]”, disse Cardozo durante audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados.
A presidenta determinou tamb�m que a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU) fizesse uma an�lise de todos os pareceres feitos pelo ex-advogado-geral adjunto Jos� Weber Holanda Alves que pudessem estar sob suspeita. “Ela [Dilma] n�o tem a menor complac�ncia com essas pessoas”, acrescentou. Cardozo acrescentou que n�o existe qualquer intercepta��o telef�nica envolvendo o ex-presidente Lula com a ent�o chefe de gabinete da Presid�ncia da Rep�blica em S�o Paulo, Rosemary N�voa de Noronha.
“H� crit�rios t�cnicos para fazer intercepta��es telef�nicas. Elas n�o existem para apurar a vida das pessoas, mas para cumprir objetivos claros e para pegar situa��es em curso”, disse o ministro. Como, segundo ele, n�o houve decis�es judiciais nesse sentido, “n�o h� di�logos gravados entre ela e terceiros”, disse.
O superintendente da Pol�cia Federal de S�o Paulo, Roberto Troncon, confirmou que essas grava��es n�o foram feitas. "N�o grampeamos porque n�o havia justa causa nem motivo plaus�vel para isso. Caso houvesse [justificativa para as intercepta��es], certamente o Minist�rio P�blico teria se manifestado", disse o delegado.
Para o ministro da Justi�a, a Opera��o Porto Seguro s� foi poss�vel gra�as � determina��o do governo em dar autonomia � Pol�cia Federal.