O prefeito eleito de Pirapora, Heliomar Valle da Silveira (PSB), conhecido como L�o Silveira, e seu vice, Esmeraldo Pereira Santos, foram cassados pela quarta vez e podem n�o ser diplomados na ter�a-feira. A defesa do prefeito eleito vai recorrer da decis�o. A condena��o desta vez � pelo uso indevido de servidores p�blicos e mulheres gr�vidas em sua campanha eleitoral. Al�m da cassa��o do registro, a ju�za Arlete Aparecida da Silva Coura estipulou uma multa de R$ 30 mil para cada um dos condenados.
De acordo com a den�ncia do Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE), em agosto um grupo de gestantes foi convidado, a pedido da coordenadora geral das unidades de sa�de de Pirapora, Regiane Aparecida Gomes, para participar de um evento em um centro de sa�de do munic�pio, onde seria realizada uma palestra com um m�dico ginecologista. Chegando l� elas foram informadas que o motivo da visita era uma grava��o para o programa eleitoral de Leo Silveira, eleito com o apoio do atual prefeito, Warmillon Fonseca (DEM), e que seus rostos e barrigas seriam pintados com o nome e o n�mero do candidato.
Constrangidas, algumas disseram, em depoimento prestado ao MPE, que as que se recusaram a permitir a pintura na barriga foram levadas para fora da unidade e tiveram que permanecer no sol quente balan�ando bandeiras da campanha de Leo Silveira. A ordem para arregimentar as gr�vidas teria partido do secret�rio adjunto de Sa�de, Heliomar Valle da Silveira, condenado com Regiane ao pagamento de multa de R$ 10 mil.
Antes de ser eleito, Leo Silveira exercia o cargo de secret�rio municipal da Fazenda e era um dos mais importantes auxiliares do prefeito Warmillon, que j� anunciou seu desejo de se candidatar ao cargo de deputado federal nas pr�ximas elei��es.
Na semana passada a mesma ju�za condenou Leo Silveira pelo uso indevido, em propaganda eleitoral, de imagens do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da Funda��o Hospitalar Mois�s Magalh�es Freire. A a��o foi proposta pelo Minist�rio P�blico Eleitoral depois que as imagens foram exibidas. Durante as elei��es, a Justi�a Eleitoral concedeu liminar para impedir sua candidatura tamb�m por causa do abuso de poder pol�tico e econ�mico. De acordo com Minist�rio P�blico, funcion�rios dos hospitais estavam trabalhando com botons de campanha de Leo Silveira. No entanto, a defesa dele conseguiu autoriza��o do TRE-MG para ser candidato e ele acabou eleito.